A escolha

Kate J.A

Já se passou 1 semana desde que o meu pai, Jake, morreu de forma inesperada com um câncer que ninguém sabia da existência. Voltar para a escola não foi em nada como eu estava pensando. A morte de Jake me quebrou, voltei a morar no orfanato outra vez e estou inadotavel. E todas as noites tem sido desafios. Se fecho os olhos, Jake aparece pálido. Riley aparentemente deixou o cargo de diretora. Mas não saiu da cidade.

No caminho para a escola,passei pela Buzzblast. Queria que Amélia estivesse lá, para que eu pudesse correr e chorar até não ter mais lágrimas. Mas eu não podia, não com Ben tão feliz com as notas bimestrais....

Jake teria amado ver o meu boletim só de 10. Tudo que ouvi foi um "Parabéns pela excelência Kate", da diretora e "Eu sabia que gabaritaria!" de Ollie. Mas eu não tenho mais a sensação de chegar em casa e correr para os braços do meu pai.

Quando cheguei na escola, não tinha ninguém. As aulas começam daqui a 2 horas. Nem os professores estão aqui ainda. Quando já ia entrar na sala, olho para o lado. Riley.

-Caiu da cama, Kate?

-E você, caiu de onde? De uma nave?

-Que menina inteligente! Bem que me contaram.

-O que você é afinal? O que quer comigo? Porque Lux me mandou para o seu orfanato?

-Eu não sou alguém. Sou algo. Katelyn J.A

-Kate o que?

-Você vai descobrir. O jogo acaba hoje.

Até agora, sempre tive certeza de uma coisa: missões têm começo, meio e fim.
Mas esta...?

Essa minha missão, tem um começo e uma finalidade. Mas agora eu tenho uma outra grande certeza. Riley, as palavras enigmáticas—tudo parecia um teste. Algo que Lux ou Zordom teriam ordenado. Ou, talvez, um castigo.

Estou pagando por algo que fiz?

O chão desapareceu sob meus  pés.

E então, o mundo ao meu redor mudou.

É agora, que vou pagar por ter tirado Poppy da terra do nunca.

Cai sobre a areia quente, rolando instintivamente para ficar de pé. Me movi com o reflexo. Eu já tinha feito isso antes afinal.Lutado, resistido.

Ao longe, um monstro se erguia, olhos como brasas, pele verde como um lagarto e eu sabia exatamente quem era Dostem. Um dos amiguinhos de Lux.

— Você veio.

estreitei os olhos, cada músculo do meu corpo pronto para agir.

— Essa é minha missão? Lux mandou você? Ou foi Zordom? Pelo o que exatamente estou pagando? Quando vou voltar? Tenho aula de linguagem hoje.

O monstro não me respondeu.

Ele atacou.

Desviei com facilidade, girando sobre mim mesma para evitar um golpe que teria quebrado meus ossos. Meu treinamento entrava em ação como um instinto. Valeu Lux. Chutei ele no peito, fazendo-a tombar.
O monstro rosnou, mas não atacou novamente.

— Nunca deveriam ter te nomeado.

Senti um arrepio percorrer minha espinha.

-Eu não tenho culpa disso.

Mas antes que eu pudesse reagir, a areia se dissolveu.

Pisquei

Agora, estava diante de uma torre branca.

Outro teste. Outra missão?

O que está acontecendo?

Uma voz veio de cima.