Enquanto Will observava a árvore, os galhos mais altos se juntaram, formando um rosto horrendo, e continuaram a se retorcer, boca, nariz e até mesmo olhos que o encaravam.Outros galhos se trançavam, sempre ruidosos, sempre rugindo, até formarem dois braços longos e uma segunda perna ao lado do tronco principal.
O resto da árvore se juntou na forma de uma coluna vertebral e depois o torso. As folhas, finas como agulhas, entrelaçam-se para forma a pele esverdeada que se movia e respirava.
Como se a árvore tivesse músculos e pulmões.
Já mais alto do que a janela de Will, o monstro se ampliou até se constituir por inteiro, transformando-se em uma figura poderosa, que parecia forte e de certo modo, impotente.
Ele não tirava os olhos de Will,que ouvia a ruidosa ventania que emanava da boca dele. O monstro colocou suas mãos gigantescas nos dois lados da janela e abaixou sua cabeça até que seus olhos enormes preencherem o espaço do caixilho.
Prendendo Will com seu olhar penetrante.
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O chamado
Non-FictionA escuridão, o vento, os gritos. Os olhos estalados, a respiração entrecortada. Era o pesadelo de novo, como em quase todas as noites desde que a senhora byers adoeceu. William tinha o mesmo pesadelo