Capítulo 1.9 "Olá, me chamo Jimin!"

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Sua energia se dissipou em segundos.
As palavras que ouviu o atingiram como facadas. Sentiu seu coração doer e sua garganta arder, seus olhos se transbordaram de lágrimas involuntárias e suas asas perderam o brilho gradativamente.
Sua visão aos poucos se escureceu e viu o amigo sumindo aos poucos. Assim largando seu aperto de mão.
Sentiu a tristeza, o desespero e a solidão apossar de seu corpo.

Queria parar aqueles sentimentos, mas eles só pioraram.
Se deitou no chão gelado na caverna enquanto escutava os passos a frente sumirem. Desapareceram tão rapidamente que pensou ter escutado o mesmo correr desesperado.

Pensou.
-Me odeia...

Ficou repetindo para si mesmo...

Me odeia... me odeia ... me odeia... me odeia ... me odeia... me odeia... me odeia. ...  me odeia ... me odeia... me odeia ... me odeia... me odeia... me odeia. ...  me odeia ... me odeia... me odeia ... me odeia... me odeia... me odeia. ...
Até cair em extrema depressão e seus olhos se fecharam como se estivesse desaparecendo...

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- O dia está tão lindo para uma boa colheita!
Se espreguiçou e segurou seu chapéu de palha que continha um lindo laço amarelo.
Sua jardineira azul e suas botas amarelas destacavam com as cores radiantes. Suas asas brilhavam tão intensamente que poderia ser visto a quilômetros de distância.

Diferente de todas as outras casas da vila, que era no alto das árvores. Sua casa construída no meio do campo, era simples e feita de palha com barro, mas aguentava as tempestades e chuvas fortes que davam durante todo o ano. Ele mesmo a contruiu, demorou um bom tempo. Agora tinha um lar para morar, longe de distrações e discussões.
Sentia a paz lhe abraçar todas as manhãs que acordava e se espreguiçava olhando para o enorme campo cheio de flores, frutos e sementes o esperando para serem colhidos.

-Mais um dia se iniciou, vou tentar dar o meu melhor para estocar comida suficiente para o inverno.

Esse é o plano da fadinha que saiu voando para longe.
Sua dispensa precisava estar cheia para que não passasse fome igual os outros anos.

Assim que encontrou um pé de castanhas, pousou em solo e se abaixou, analisava cada uma delas para que não pegasse as estragadas, se assegurou de as colocar na sua cesta com cuidado. Depois de alguns minutos colhendo tudo o que era comestível, conseguiu encher a sua cesta, feliz pelo feito, gargalhou abertamente.
Escutou um barulho no arbusto a sua direita, ficou surpreso e curioso.
"Que animal seria?"

"Algum roedor?... ou uma fera?

Voou rapidamente até o local, ficou observando o ser agachado que estava o espionando.

-Olá!
Falou baixinho. A fada estranha se virou assustada e se afastou rapidamente, conseguindo manter uma boa distância.

-Seus chifres são enormes...
Falou arregalando os olhos, não conseguia ver com facilidade pois ali estava escuro. Então começou a chegar mais perto. A cada passo que dava, o outro fazia o mesmo, assim mantendo a distância. Acabaram que saindo da divisa da floresta e entrando no campo, ficando exposto ao ar livre.

-Wou, seus chifres são realmente enormes...

Continuou apontando o dedo para a fada que já passava de assustada para constrangida e agora triste.

-Suas asas tem espinhos? Você poderia cortar seu inimigo em picadinhos...

-Calado, maldito ser brilhante!
Agora seu sentimento era de pura raiva, balbuciou.
-Que fada mal educada e feia, não achei que me depararia com uma dessas logo de início. Vocês pareciam tão diferentes vistas lá de cima.
Olhou para o céu e voltou a encarar a fada que agora estava boquiaberta com o que escutou de si.

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2024 ⏰

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