Como Um Furacão

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Atenção. Capítulo baseado em fatos reais!

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Deixei a música tocada no capítulo acima:

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Na volta para cara, Maris sentia-se um pouco leve por causa do vinho que havera bebido ao lado dele. Mas eram as memórias da conversa com Francis que a fizeram perceber o quão seu coração estava acelerado. Ela olhou para o relógio na tela de seu celular e percebeu que eram quase 6:00pm e seu estômago pedia por um pedaço picanha que só encontraria no restaurante de Aquiles.

Qual é o cardápio de hoje, Aquiles?

- Maris.

Não se preocupe, hoje tem picanha também.

- Aquiles.

Irei em casa tomar um banho e depois vou ao seu restaurante.

- Maris.

Ela desligou a tela do celular e o guardou em seu bolso, enquanto observava a luz baixa do sol quase desaparecendo e a escuridão chegando tão rápido quando uma notícia ruim. Maris mal percebeu que a canção Hurricane que tocava no som do carro do taxista se encaixava perfeitamente com as batidas de seu coração.

Coming like a hurricane, I take it in real slow (Vindo como um furacão, eu levo isso bem devagar)
The world os spinning like a weathervane (O mundo está girando como um catavento)
Fragile and composed (Frágil e composto)

Quantos sentimentos Maris continuaria jogando fora até não sentir mais nada por dentro? Ela estava cansada de sentir aquelas cicatrizes coçando para fazê-la passar a unha sobre a mesma até o sangue sair delas. Mas também restavam medos que não fora superados com passar dos anos que ainda faziam sentir-se quebrada.

Quando o motorista estacionou o veículo em frente a casa da avó de Maris, a jovem pagou a corrida e desceu do veículo com suas coisas na mão. Ao passar pela porta da frente avistou o filho de Jolene sentado em um sofá digitando algo no celular. Ela caminhou para dentro de seu quarto, colocou suas coisas em um canto no chão e pegou a toalha para tomar banho.

Com o cabelo negro preso em um coque no topo de sua cabeça, Maris adentrou debaixo do chuveiro e permitiu que a água caísse sobre sua pele quente. Ela aproximou seu rosto líquido caía e com a ajuda das mãos jogou a substância incolor em sua face.

Após um longo banho, Maris secou-se e vestiu um vestido negro e justo ao seu corpo que ficavam um pouco acima de seus joelhos. Ela calçou um par de salto de cor preto e pegou sobretudo da mesma tonalidade da vestimenta e chamou um Uber pelo seu celular. Enquanto esperava o veículo chegar em frente a casa de sua avó pelo mapa digital, aproveitou para pegar uma bolsa pequena e de lado para colocar sua carteira e o aparelho.

Quando Maris notou que o motorista estava a dois minutos de distância da sua casa, pegou sua bolsa e com o celular na mão saiu do quarto. Ao olhar para o sofá avistou Jolene e Anson se beijando e no outro se encontrava Indigo comendo uma maçã.

- Você não vai assistir ao filme que está prestes a começar? - questionou sua avó.

Maris olhou para Anson beijando sua esposa e Jolene esboçando um sorriso feliz nos lábios e respondeu:

- Eu adoraria, mas essa cena me deu dor de barriga.

Fora tudo o que Maris disse antes de sair pela porta e caminhar em direção a BMW que já se encontrava estacionado em frente a casa. Ela adentrou no veículo e ao fechar a porta notou que havia uma notificação em seu celular. Era de Anson que havera publicado alguma coisa no grupo da família.

Pensei que você iria fazer o jantar, Maris.

- Anson.

Ela não conseguiu evitar de esboçar um sorriso sarcástico e revirar os olhos ao ver a audácia dele.

Desde quando sou sua esposa?

- Maris.

Quando um chuva de notificações começaram a cair no seu celular, ela percebeu que todos estavam reclamando da forma que havera respondendo a mensagem de Anson. Tudo o que Maris fez fora guardar o celular dentro de sua bolsa para não ter que digitar mais coisas.

Ela desejou dizer sobre o vídeo de Jolene traindo Anson, mas sabia que o próprio poderia não acreditar e todos iriam falar que era mentira. Maris não iria alerta-lo, no fundo, imaginava que seu primo merecia passar por aquela situação.

Assim que o motorista estacionou o veículo, Maris passou seu cartão de débito na máquina dele para pagar a corrida e desceu do veículo. Ela caminhou em direção ao restaurante e ao adentrar escolheu uma mesa em um canto e distante das pessoas que jantavam.

Aquiles aproximou-se com o cardápio e antes que ele entregasse o menu, ela disse:

- Eu vou querer o de sempre.

- Fiquei sabendo que o Victorio vem jantar aqui. - disse Aquiles. - Vocês estão saindo? - perguntou.

- Eu sai com ele uma vez, e não estamos saindo. - respondeu. - Eu não respondo mais as mensagens dele. - concluiu.

- Vou preparar seu pedido.

Maris havera parado de sair com Victorio no início do ano e não apenas por ele ser dois anos mais novo. Mas porque ela não notou maturidade e responsabilidade nós dois meses que passaram juntos.

Não demorou muito para Aquiles trazer uma bandeja com um prato um enorme pedaço de picanha mal passada com algumas ervas sobre a carne e o molho ao redor dela. Maris notou que ele também trouxe um copo de uma taça de vinho branco.

- Ele tem aproximação. - ela disse entregando o cartão para fazer logo o pagamento.

Maris começou a aproveitar a sua refeição no silêncio que o restaurante de Aquiles proporcionava e o cheiro da comida e do ambiente também era agradável ao seu olfato. Ela sabia que o vinho branco não combinava com a picanha, mas era o gosto diferente em seu paladar que satisfazia seu estômago.

Não demorou muito para Maris sentir uma presença ao lado de sua mesa e ao levantar os olhos avistou aquela silhueta indesejável. Ela notou o sorriso no lábios de Victorio que apoiava a palma sobre a mesa como se ambos estivessem intimidade.

- Boa noite, meu bem. - ele disse observando a renta do vestido dela.

Maris colocou os talheres ao lado do prato de comida e disse:

- Boa noite, Victorio.

- Quanto tempo eu não vejo você.

- Nos olhamos de segunda a sábado na academia. - afirmou Maris.

- Quando vamos sair novamente? - perguntou Victorio acariciando as pontas do dedos dela.

Maris ofereceu um sorriso e meigo e puxou a mão enquanto esboçava um certa timidez. Quando Victorio percebeu que conseguiria sair com ela novamente, a mesma pegou a faca que estava ao lado do prato, limpou com o guardanapo e furou o dorso da mão dele que estava estendida sobre a mesa.

- Nós nunca mais iremos sair. - respondeu. - E nunca mais ouse sorrir para mim, seu cretino. - concluiu.

Maris pegou sua bolsa e retirou-se da mesa. Ela caminhou fora enquanto escutava os gritos de Victorio e o barulho das pessoas que estavam tentando ajudá-lo a retirar a faca.

Amaldiçoada - Coração EternoOnde histórias criam vida. Descubra agora