Quando Jovens, necessitamos de amor, de cuidado e atenção, algo no qual Maraisa não recebeu, mas a chegada de Marília na escola, faria nascer uma luz no final do túnel?
Marília G!P
história de @roseannegloss e @saturniex (crédito da fic são todo del...
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Marília pov:
Dias se passaram e quem não apareceu na escola foi a própria Maraisa. Me infiltrei por alguns minutos, todos os dias, na mesa dos seus amigos, mas nenhum deles havia conseguido falar com ela também.
Obviamente estavam todos preocupados, acho que estavam tentando disfarçar para mim, mas não deu certo. E Luísa, estava certa afinal, Maiara é péssima em mentir.
A ruiva tentava me dizer que Maraisa estava bem, mas nem conseguia encarar algo que não fossem suas mãos, ela mesma não acreditava nisso.
— Maiara. - A chamo e ela me espera em frente a escola — Não sabe mesmo o que aconteceu?
— Marília, eu já disse não, eu estou morta de preocupação e você me perguntando toda hora não ajuda - Fala e eu suspiro
— Desculpa
— Não sabia que conhecia essa palavra. - Fala e reviro os olhos — Tenho que ir, ou vou me atrasar pro trabalho
— Espera, não pode ir na casa dela?
— De jeito nenhum, e nem pense em ir, pode piorar as coisas pra ela, os tios são terríveis
— Okay - Falo, mas tive uma ideia
— Marília , não se meta em encrenca e não piore a situação da Maraisa - Fala e eu sorrio
— Relaxa, cunhadinha. - falo e vou em direção a minha moto
Fui direto pra casa, não teria muito o que fazer durante o dia. Estava sozinha tendo a liberdade para fumar a vontade, minha irmã chegou ao pôr do sol, me lançando um grande olhar de desaprovação pelo cigarro.
— Não me olhe assim, Luísa - Digo com um leve biquinho e ela revira os olhos
— Eu trouxe o jantar - Fala
— Não estou com fome ainda, vou tomar banho primeiro - Falo e ela concorda com a cabeça
Fui para o meu quarto e tomei um banho longo, depois vesti uma roupa confortável e desci para a cozinha, abracei Luísa por trás enquanto ela esquentava a comida.
— Que milagre não descer com outro cigarro
— Não implique tanto comigo - Falo e ela ri
— Tudo bem - Fala
— Para sua informação, não estou fumando porque vou ver a Maraisa - Falo soltando sua cintura e ela me encara
— Acho que vou chamar a Maraisa para morar aqui, talvez assim você largue esse cigarro de vez, Nunca fez isso por mim.
— Ciúmes de irmã mais velha? - Pergunto
— Não da Maraisa, só de você por não me ouvir.
— Eu fumo menos com você por perto - Falo
— Escuta, Jennie não estava de castigo ou algo assim? Maiara disse que não conseguia falar com ela por nada
— Eu dou meu jeito - Falo
Luísa e eu jantamos com calma, ainda era cedo afinal, depois saí em minha moto, mas a deixei bem longe da casa de Maraisa e segui a pé pelo resto do caminho.
As luzes da casa estavam acesas, passei escondida pelas janelas e segui até a escada, agradecendo mentalmente por ainda estar alí. Subi em um minuto, tentando não fazer nenhum barulho.
Devagar abri a porta do quarto e ouvi vozes lá embaixo, então caminhei até o quarto da morena. Parei ao ouvir seus tios a xingando e dizendo que foi culpa dela os pais terem morrido, senti o ódio me consumir e quase desci as escadas.
Lembrei do que Maiara disse sobre não piorar a situação de Maraisa e apenas respirei fundo ignorando e entrando sorrateiramente em seu quarto vazio.
Entrei no banheiro e matei o tempo no celular por mais de uma hora, então ouvi a porta do quarto abrir e fechar, ouvi seu choro e ninguém falou com ela, então supus que estava sozinha.
Abri a porta do banheiro e Maraisa que parecia assustada com a porta abrindo sozinha, arregalou os olhos ao me ver.
— Lila? - fala e vou até ela a abraçando
Ela chorou, muito, foi de partir o coração, eu poderia matá-los, eu mataria qualquer um que fizesse mal a ela.
— Está tudo bem - Digo em um sussurro e então ela se separa do abraço
— O que está fazendo aqui? - Pergunta baixo
— Vim te ver, estava preocupada
— Eles não podem te ver - Fala preocupada
— Ninguém vai me ver - Falo e escutamos passos na escada, voltei para o banheiro, mas em alguns segundos Maraisa me tirou de lá, eles foram pro quarto
Finalmente reparei em Maraisa, seu corpo, seus braço e coxas lotados de hematomas.
— mara...
— Está tudo bem - Ela fala envergonhada
— Vamos embora - Falo
— Tá doida? Não posso fazer isso
— Não pode ser agredida assim - Falo
— Está tudo bem - Fala, claramente não estava tudo bem
— Não está. - Resmungo e ela ri
— A abracei forte novamente e dei um selinho nela que sorriu corada.
— Como a Maiara está? sentamos na cama Pergunta.
— Todos os seus amigos estão bem, só preocupados com você
— Pode dizer a eles que estou bem?
— Você não está. - Falo e ela me encara - Okay
— Obrigada
— Por que fizeram isso?
— Minha tia descobriu que eu não estava em um trabalho com a Maiara e eu não quis dizer onde estava, ela ficou brava - Fala encarando as próprias mãos
— Ela não tem direito de fazer isso com você. - Falo e ela da de ombros
Ficamos conversando, trocamos alguns beijos e ficamos abraçadas na cama, ela disse que sairia do castigo logo, isso aliviou um pouco minha preocupação.
Fiquei até ela dormir e depois saí de fininho, seus tios ainda estavam acordados, eu ainda não havia desistido de tirar ela dessa casa,mas não podia fazer isso assim.
