CAPÍTULO 3
O SUOR ESCORRIA pelo rosto de Samantha e pingava até o chão, enquanto seu cenho franzia e sua garganta engolia ar involuntariamente.
A menina conteu suas angústias em uma respiração ofegante quando sentou-se de supetão e pôde sair do sonho ruim que sua mente havia lhe prendido em.
Sam levou as mãos ao rosto, tomada pela aflição do pesadelo.
A desgastada aliança de noivado, que repousava no dedo indicador de Samantha durante as noites, beliscou a pele da menina, fazendo seus olhos encararem a peça que cintilava.
Seu corpo tremia, e ela sentiu seus olhos se estremecendo quando observou o alojamento empoeirado e escuro em que estava, até finalmente retomar a consciência por completo.
Samantha foi até o pequeno banheiro antigo, ligou a torneira e lavou o rosto, esfregando os olhos enquanto encarava o próprio reflexo no espelho.
Pelos últimos cinco dias desde da primeira invasão à Umbrella, a jovem não podia negar as vozes que escutava dentro de sua cabeça durante as noites.
Boa parte da insônia que ela havia adquirido nos últimos tempos devido ao incidente de Rain havia sumido. Porém, durante os dias em que os sonhos persistiam, começou a ser perceptível pela inteligência de Sam que todos os pesadelos tinham algo em comum.
Todos os sonhos começavam às exatas 4:38 da madrugada. Samantha acordava todas as manhãs, um pouco antes de amanhecer, da mesma forma.
O fato que mais a- incomodava era que todos os pesadelos também eram os mesmos.
Mas ainda assim eram diferentes entre si.
Eles sempre conseguiam ser cada vez mais torturantes que os anteriores.
Todos mostravam Alice, seu lindo e deslumbrante vestido vermelho, e as pessoas que ela havia matado.
E por mais que aquilo a-intrigasse, para ela era apenas uma coincidência.
Samantha suspirou e secou o rosto, logo saindo de seu quarto e indo para o centro da cabana onde todos estavam.
Ela imediatamente viu os integrantes do grupo de rebeldes sentados em uma roda, mas dessa vez, sem fogueiras, ou sem histórias emocionantes para se contar.
Prestava-se homenagem aos agentes que se perderam quando a armadilha do laser disparou.
Sam se uniu ao grupo, sentando-se em silêncio.
Muitas coisas bonitas eram ditas, mas Sam não prestava atenção em nenhuma delas.
Ela mantinha seus pensamentos focados na mulher que não saía de sua cabeça.
Ficava surpresa por dessa vez, a mulher não ser Rain.
E a menina não gostava de alguém como Alice dominando sua cabeça.
Samantha estava determinada a acabar com a Umbrella, mais do que nunca.
Mas ela levantou a cabeça por um momento e observou o seus amigos, a tristeza sendo estampada em seus rostos.
Tampouco havia sido o tempo de guerra, mas a confusão sobre uma força difícil de se vencer crescia constantemente.
- Nós precisamos de um plano melhor. - Uma voz exclamou ao fundo da roda, interrompendo o discurso que Leon fazia à frente.
Ada Wong parecia desesperada por uma solução. Assim como o resto da equipe, ela sabia que não se dava para aguentar mais mortes.
Assim que sua voz foi à tona, todos começaram a falar também, deixando a presença de apenas sons inaudíveis no ar.
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𝑪𝒍𝒂𝒓𝒊𝒕𝒚 | Resident Evil
FanfictionAnos após um apocalipse que consumiu a humanidade inteira, a temida Umbrella Corporation ressurge das cinzas, com agora, Alice Abernathy no comando da grande empresa, que assumiu a liderança após ter descoberto suas origens e parentescos com o criad...