The Mythology. [SKZ¡AU]

HERMES, the god of hospitality

Eu lembro muito bem dos meus primeiros momentos após nascer. Lembro principalmente de sentir um imenso tédio. A caverna era fria, minha mãe dormia ao lado de meu berço feito de madeira. Logo me veio a ideia de sair dali. Por que não? Então, levantei-me dos panos que me cobriam e sai da caverna.

Não sabia exatamente para onde estava indo. Tudo ainda era muito novo. Lembro de avisar ao longe um grande grupo de gados pastando. Com minha pequena estatura consegui passar por debaixo da cerca e, assim, levar comigo três deles. Acabou que esses gados pertenciam a ninguém mais e ninguém menos que meu irmão Apolo. Após muita confusão entre os céus e a terra, Apolo conseguiu de volta seus gados e uma lira nova em folha que, diz ele, guarda até hoje.

Quando essa história se espalhou entre os mortais– e outras bastante comprometedoras– logo fui caracterizado como um ladrão astuto. No entanto, ao passar dos anos fui caracterizado como o arauto dos deuses. Trazia e entregava mensagens e missões para os deuses ao redor do mundo.

Poucos sabem, no entanto, também sou o deus da prudência e das habilidades sociais. Por isso, missões de grande importância sempre eram entregues e, modéstia a parte, executadas com êxito. Também fui inventor de diversas coisas para o mundo humano, como o alfabeto, os números, a astronomia, a música, a arte da luta, e entre muitos outros. O poder que me foi concebido pude oferecer a meus filhos e àqueles que sempre me ofereciam suas rezas.

Outra de minhas funções que poucos imaginavam é o dever de transportar não apenas as almas daqueles que morreram para o submundo como também levar os sonhos para cada ser vivo no mundo.

Você pode até pensar “uau, pense em trabalhos pesados” mas vou lhe dizer, não são tanto assim, não. Não se enganem. Existem trabalhos piores. Como por exemplo, ser o deus do submundo!