Eu fui atrás dos meus amigos, procurei pelas cabanas, mas enquanto procurava por eles eu continuava pensando no porquê de ainda estar ali, sendo que era para mim estar morto. Era? ou eu só não valorizo nem um pouco a minha vida? eu não tenho amor a ela mesma, tanto faz. Continuo me sentindo egoísta ao pensar nisso, já que não era a primeira vez. Pelo visto eu não dou certo nem com a morte.
Eu tinha chegado em uma área onde tinha algumas mesas com comida e bebida, tinha muita gente nova, muita gente feliz e livre, todo mundo tava rindo e, isso me fazia sorrir, eu me sentia leve. Bom, era o que eu estava pensando no momento, pois com certeza se estivesse sozinho iria pensar diferente. Tinha uma fogueira com um pessoal ao redor dela, aquele pessoal que eu conhecia, eles eram a minha família. Eles estavam rindo e conversando sobre alguma coisa, até que me viram ali e me chamaram pra entrar no meio, eles me abraçaram juntos, quase me derrubaram. Eu ri demais com isso, eu estava me sentindo muito, muito feliz. Me fizeram várias perguntas, e, também brigaram comigo por eu ter dormido demais, me receberam da forma mais louca possível, como sempre. Eu me sentia bem do lado de todo mundo, e me sentia leve e perto de uma família que eu realmente conhecia, não uma da qual eu nem faço ideia se ainda existe, sabe, não precisa ser de sangue pra considerar, entende?
Brenda - Caramba Newt, mas porque caralhos você tinha que dormir tanto? você preocupou a gente, sabia? - Ela me olhou séria e me deu um tapinha de leve no rosto. - Eu fiquei com saudades, idiota. Não faz mais isso, tá bom? a gente ama você, não esquece. - Ela me abraçou de leve dessa vez, e eu a abracei de volta. Eu gosto da Brenda, ela é uma pessoa boa.
Durante a tarde toda nós ficamos andando para lá e para cá, comemos e conversamos. O meu momento preferido de hoje foi quando todos nós ficamos na fogueira, me lembrava os dias na clareira, sentia falta das pessoas de lá, sinto falta dos que já se foram. Eu me senti bem hoje, mas fiquei confuso por não ver o Thomas o dia inteiro, onde ele estava? Por que até agora ele não foi falar comigo ou me ver? Eu me sentia inútil e horrível, eu era tão substituível assim? Porque pelo que me lembro, ele sempre estava lá por ela, se ele pudesse, ele iria até o inferno por ela, mas e por mim? Caramba, que merda.
Eu fui até o Minho e o Caçarola. O Minho estava rindo de um dos meninos novos que tava passando mal, enquanto o Caçarola olhava pensativo para a sopa que ele havia feito hoje cedo. A sopa devia estar uma maravilha.
Minho - Ei Newt, você quer experimentar essa nova receita do Caçarola? Parece estar muito boa. - Ele falava rindo enquanto apontava pro garoto.
Newt - Obrigado, mas eu estou sem fome agora. Qual o nome do menino passando mal? - Eu disse olhando pra ele.
Caçarola - O nome dele é Diego, eu acho, ele é novo. É um dos garotos que pegaram lá na cidade! Eu vou lá pegar água pra ele, e jogar essa sopa fora. - Disse ele andando para dentro da casa onde tinha os alimentos.
Diego - É, meu nome é Diego mesmo. - Disse o menino tossindo enquanto fazia um joinha.
Newt - Ei, Minho, cadê o idiota do Thomas? - Acredite, eu não queria falar desse jeito, mas estava com raiva o suficiente para agir com paciência naquela hora, o que era engraçado, porque normalmente eu não ajo dessa forma.
Minho - Newt, eu não faço ideia. Hoje de manhã ele disse que ia sair pra buscar algumas coisas, mas até agora ele não voltou. Por que? - Falou olhando para mim um pouco mais sério.
Newt - Nada, eu vou procurar por ele. Obrigado Minho! E vê se ajuda esse garoto a não morrer. - Falei dando um sorriso meio desajeitado, tentando demonstrar o fato de que eu não queria que aquela conversa continuasse.
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Você é a minha poesia.
RomanceDepois daquele dia, daquela luta e daquela confusão, tudo... Tudo mudou? Eu não sei explicar, mas as coisas estão diferentes entre mim e você, Tommy.