Prólogo

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Desde os primórdios do universo, a história da Terra é marcada por duas narrativas que se entrelaçam

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Desde os primórdios do universo, a história da Terra é marcada por duas narrativas que se entrelaçam. A primeira, fundamentada na ciência, nos conta que bilhões de anos atrás, um evento colossal conhecido como Big Bang deu origem a tudo que conhecemos. A força da gravidade uniu os fragmentos dessa explosão, formando nosso sol e, posteriormente, os planetas que orbitam ao seu redor. A Terra, com sua beleza exuberante e diversidade de vida, surgiu como um milagre cósmico.

Por outro lado, a narrativa religiosa nos apresenta um criador supremo. Segundo a Bíblia, esse ser divino moldou o mundo com suas próprias mãos: dos céus ao solo, das águas à terra firme. Ele trouxe à vida as árvores majestosas e os animais que habitam nosso planeta. O primeiro homem foi esculpido por sua vontade, e assim o mundo começou a girar sob sua criação.

No entanto, não importa qual dessas histórias você escolha acreditar. O verdadeiro dilema reside em como nós, a humanidade, conseguimos transformar essa obra-prima em um cenário de destruição. Ao longo de milênios, o homem tem sido um agente de degradação. Com suas ações irresponsáveis—poluição sufocante, desmatamento voraz e uma insaciável sede de consumo—ele tem arruinado tudo em seu caminho. E as guerras? Ah, as guerras! Elas se tornaram um câncer que corrói a sociedade.

Essa trajetória sombria culminou no final da Terceira Guerra Mundial, no ano de 2050. O mundo que conhecíamos foi obliterado; suas cores vibrantes se tornaram cinzas e suas esperanças foram enterradas sob os escombros da violência. Mas assim como a fênix renasce das cinzas, algo novo emergiu das ruínas.

As radiações tornaram vastas regiões da Terra inabitáveis; onde a intensidade era menor, as pessoas começaram a sofrer mutações genéticas. Alguns viam essas mudanças como dons extraordinários; outros as consideravam anomalias terríveis. Em meio a esse novo mundo devastado, um pequeno grupo de sobreviventes—dotados e não dotados—decidiu se unir para reconstruir a sociedade. Assim nasceu Capital.

Neste novo lar, cada grupo formou sua própria casa simbólica, inspirada nas forças dos animais. Seis casas foram estabelecidas: a Casa Fênix, líder do grupo e símbolo de esperança; seguida pela Casa Corvo, Casa Serpente, Casa Cães, Casa Águia e Casa Cavalo.

Durante um tempo precioso, Capital floresceu em paz. Era um lugar onde as guerras eram apenas memórias distantes e o respeito prevalecia entre os habitantes. Porém, essa harmonia era efêmera; o ciclo da humanidade é marcado pela repetição dos mesmos erros.

As serpentes—astutas e traiçoeiras—esperaram pacientemente pelo momento certo para atacar. E quando o fizeram, traíram a Casa Fênix com uma covardia calculada que desestabilizou toda a sociedade. As outras casas hesitaram em se levantar contra essa traição; assim, por causa da covardia dos nossos antepassados, voltamos a viver sob as sombras do antigo mundo—mas agora com uma realidade ainda mais sombria.

Essa é a história do meu mundo atual.

Meu nome é Nicolai e tenho dezessete anos. Eu pertenço ao setor Fênix e estou determinado a lutar por um futuro diferente para todos nós.

E se você acredita que vive em uma sociedade precária, talvez seja porque ainda não teve a oportunidade de conhecer a minha realidade.

Como um bom anfitrião, deixo aqui meu convite:

Sejam todos 'bem-vindos à capital.

Sejam todos 'bem-vindos à capital

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 MOVING FORWARD - Welcome to the CapitalOnde histórias criam vida. Descubra agora