Spin Off de ANAYA
A única coisa que Zahara procurava ao se mudar de Dallas, era recomeçar.
Já fora uma mulher ferida, quebrada, sem grandes sonhos, com apenas um único objetivo: Destruir as pessoas responsáveis por a terem ma...
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— Porquê a senhora quer saber?
— Porque ele apareceu hoje mais cedo, e o Justin não parecia nada satisfeito.
— É melhor a senhora não se meter nesse assunto. — ele fala se levantando logo de seguida.
— Ele se meteu com toda a minha família, garantindo assim que ninguém pudesse sair em minha defesa no tribunal.... É muita hipocrisia da sua parte dizer que é melhor eu não me meter! — também me levanto.
— É um homem perigoso. — ele alerta.
— O Justin também é! — retruquei.
— Mas tem princípios! Aquele homem é perigoso.... Por causa dos seus esquemas, Justin perdeu a mãe! — Meu Deus!! Coloquei a mão no peito.
— O que?? — indaguei ainda mais curiosa. Mas Gabriel não responde, deu a entender que falou mais do que devia.
— Olha, irá chover. Acho melhor levar a senhora e a menina pra casa. — pela sua mudança de fisionomia, não iria conseguir arrancar mais nada dele. Não hoje.
— Podes me tratar pelo meu primeiro nome. Acho que já passamos todas as formalidades. — dito isso, ele não voltou a falar.
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Apesar do calor que fazia, aquele verão também estava a ser um verão bastante chuvoso. Começou a cair uma chuva miudinha que não demorou para se transformar em um temporal. Tivemos de voltar para casa.
Amara passou no escritório queria ver o pai mas o mesmo já não se fazia presente. O resto da tarde ficamos vendo um filme de animação, ela dormiu no meio do filme e eu também acabei por adormecer, mas só percebera que havia dormido quando o meu telemóvel começou a tocar alto.
— Está sim. — atendi sonolenta.
— Estou, Zahara?
— Sim...?? — conhecia a voz, mas estava a sair do sono, ainda não tinha associado um rosto à ela.
— Não consigo falar com ninguém de casa. Diz a Amara que não poderei acompanhá-las ao jantar hoje. — tirei o celular do ouvido para olhar no écran. O timbre grosso e calmo me trouxe a realidade, era o Justin.
Ele nunca liga pra mim.
— Está bem....? — aquilo pareceu mais uma pergunta.
— Não terminamos mais cedo.... — ele fala dando uma pausa demorada, era como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa. — Espera por mim. — soltei um pigarreio. Não podia acreditar que ele estava sugerindo aquilo.
