Capítulo 2. Mitología de gangue

2 0 0
                                    

Sobre o sol da manhã, Takemichi e Chifuyu pedalam pelas ruas de Tokio até o ponto de encontro com os Black Dragons. Entre um mar de garotos estava lá, uma garota de longos cabelos lisos como se não houvesse um nó em meio aos fios loiro, em duas mechas grossas da frente formando um pega rapaz de fios pretos, olhos amarelos, uma pinta abaixo do olho esquerdo em meio a uma pele branca, para uma jovem japonesa era bem alta, com seus 1,63.

Ela se aproxima e Takemichi entende o porquê de seu título, uma tatuagem de um tigre idêntica a de Kazutora no mesmo sentido e local que a pinta, era como se visse uma versão feminina dele.

— Torage…— Chifuyu se curva a Takemichi segue o mais experiente, então uma risada contagiante ecoa pelas ruas.

— Para com isso Fuyu, pode levar!— Torage o abraça assim que o garoto se levanta, bem discretamente ele passa o braço ao redor dela.

Ela não era uma menina na Black Dragons, ela era um tesouro rodeado de dragões, aquela atitude entregava a personalidade. Realmente uma beldade, que faz perguntava o que faz alguém como ela naquele meio, uma alma intocada em meio a tantos gangsters mal encarados.

— Bom te ver completamente livre.— Fala o loiro assim que o abraço acaba.

— É bom tá livre, sem o Kazu não foi fácil andar por ai, aí teve aquele velho, eu soquei ele e você sabe a história toda. Mas então, o que que tá rolando? Tipo além desse cara novo.— Torage não sabe completamente o que ocorreu, no entanto tinha seus palpites.

— O Kazutora mesmo que queríamos falar…

— O QUE O KAZUTORA FEZ?!— Era como se todos se virassem pra olhar pra eles, já que Torage esbravejava ao invés de falar.

— O problema não é o Kazutora, mas quem tá com ele, o Baji… ele saiu da Toman.— A surpresa era tão grande com a fala de Chifuyu que os olhos dela saltavam pra frente.— Eu e o Takemichi queremos devolver ele pra onde ele não devia ter saído.

— Pode deixar comigo. — Ela os encara séria, joga um capacete para Chifuyu. — Bora então, deixa essas bicicletas aí vamos de moto.— Antes de ir Torage dá a ordem a seus homens. — Cuidem dessas bicicletas e não deixem o agiota do Kokonoi vender isso, se não vou tirar uma nova dos ossos de cada um.

Takemichi engole a seco com medo dela e de sua mudança de humor. Montando na moto os três antes andar os primeiros 10 quilômetros, Torage mostra que a loucura do Kazutora vem de família, afinal ela empina a moto quase raspando o crânio de Takemichi no chão.

"Essa doida que o Chifuyu arrumou vai me matar antes da gente se quer chegar perto de saber onde de o Baji está." Essa é uma tradução fidedigna dos pensamentos de Takemichi. Que logo soa interrompidos por uma parada brusca mas perfeitamente estacionada.

O trio de delinquentes descem da moto, Chifuyu sendo o único a ter um capacete, Takemichi tem alguns fios de cabelo sujo, Torage por outro lado surpreendentemente já está dentro da loja como se ela fosse dona do local. Fazendo com que Takemichi se surpreenda com a rapidez, mesmo depois da viagem louca de quase morte que passou.

Os olhos de todos seguem ela enquanto anda  até uma mesa, como cães Takemiche e Chifuyu vão atrás. Tudo tão silencioso até o estrondo da batida das mãos de Torage mesa.

— O que o vagabundo tá fazendo fora da escola?— Um encontro de olhos dourados com olhos dourados, torna o ar tenso Takemichi sente o coração pular pra fora ao ver a expressão de cada um dos irmãos tigres.

Por desespero de Takemichi, Kazutora se levanta da mesa, Baji faz o mesmo, assim ambos se abraçam dando risada.

— Você fala de mim mas também foi presa. Invejosa em tudo, eu faço tattoo, também faz, eu sou preso, vai presa.

Lendas de TokioOnde histórias criam vida. Descubra agora