Em busca do amor: Triologia faxineiras [LIVRO DOIS]

❤️CAPÍTULO TRINTA E DOIS❤️

Natan

   Eu estava empolgado, talvez não existisse homem mais feliz no mundo do que eu neste momento, finalmente estou noivo da mulher que me deixou enfeitiçado e completamente apaixonado. Confesso que fiquei com medo dela não aceitar, porém foi tudo perfeito.
Terminei de arrumar minha gravata e desci com a minha pasta de documentos, teria uma audiência em algumas horas e estava me preparando. A ideia de trabalho não me parecia agradável, tudo que eu queria era estar com a minha mulher, mas o dever me chamava.
  Adentrei a cozinha e fiquei um pouco aborrecido ao vê-la com o uniforme, respirei fundo e a abracei por trás, repousando minha cabeça na curva de seu pescoço. Eu amo sentir o cheiro dela, queria fazer muito mais que isso, porém toda vez que estamos apimentado as coisas, sinto que ela fica meio tensa, então eu apenas respeito.

__ Bom dia minha noiva! - digo deixando um beijo em seu pescoço, sorrio ao ver ela suspirando, sua pele se arrepia levemente fazendo minha mente explodir em pensamentos eróticos.- Apesar de te achar uma grande gostosa nesse uniforme... não quero mais que use ele.

__ B-bom dia amor?! - falou meio excitante, ouvir ela me chamar de amor era simplesmente maravilhoso, e pensar que para conquistar essa mulher foi um desafio e tanto. E se fosse preciso eu passava por tudo de novo. - Mas é o meu trabalho... eu preciso...

__ Você vai continuar recebendo seus honorários. Mas como minha mulher, não vai precisar fazer coisa alguma... vou contratar alguém para isso...- ela virou para mim, e, ao contrário do que eu esperava, seu semblante não era nada bom.- O que foi?

__ Parece que está me pagando para ser sua noiva...- Suas palavras foram firmes, me fazendo refletir sobre a minha proposta, não achei que isso fosse deixar ela tão estressada.

__ Não quero que me entenda mau...- tento argumentar, porém percebo que só estou fazendo tudo ficar pior quando ela cruza os braços e me olha de cara fechada.- O que eu quero dizer é que... como minha futura esposa, você não vai mais precisar fazer os serviços doméstico!

__ Mas eu não quero seu dinheiro sem fazer nada... já acham que sou interesseira somente por ser sua noiva, imagine se descobrem sobre isso...- fala com um semblante preocupado, respiro fundo tentando achar uma maneira de resolver isso. Se pudesse eu ia embora com ela para uma fazenda e esquecia todo esse povo.

Peguei uma mecha de seu cabelo e enrolei nos dedos, fiquei tentando achar uma maneira de resolver esse pequeno problema. Como que num passe de mágica eu tive uma ideia:

__ A partir de hoje você vai ser minha secretária pessoal. Vai cuidar dos meus assuntos pessoais por aqui.- pela cara que ela fez, eu já sabia que viria algum empecilho, porém eu não permiti que ela desse algum palpite.- Esta decidido! Bom agora eu tenho que ir, tenho um compromisso importante.

Dei-lhe um beijo na bochecha e saí deixando uma Cátia atônita de frente para a pia, só Deus sabe o quanto eu sofri para que pudesse estar tendo essa oportunidade agora. A cada dez obstáculos que ela colocava, eu tinha que arrumar cinquenta soluções.
Porém, essa personalidade forte dela é o que me fez ficar cativado, além dessa beleza exuberante e única que ela tem, uma mulher misteriosamente sedutora. Só de imaginar já fico excitado, esperar pelo tempo dela é um pouco complicado.
Mas estou um pouco preocupado, minha mãe não gostou muito de minha decisão de noivar assim tão prematuramente, porém eu não me arrependo. Só que,  dona Angela tem o costume de se livrar das coisas que não são de seu jeito, tenho do que ela possa fazer para nós separar. Suas tentativas de entrar em contato comigo falharam, não atendi suas ligações por enquanto, quero aproveitar minha decisão antes de enfrentar a fera.

•••
 
  Alguns minutos depois eu cheguei ao meu escritório, sai do elevador encontrando minha secretária concentrada em algo.

__ Bom dia! - cumprimento a mesma com um leve sorriso, estava feliz e pela primeira vez não estava tão tenso com alguns assuntos.

__ Bom dia senhor Wolf! - me cumprimentou de volta já se levantando de seu lugar, quando coloquei a mão na maçaneta ouvi a mesma dizer: - Sua mãe o espera na sua sala. Eu tentei avisar que o senhor não havia chegado ainda, mas... ela não me deu ouvidos.

__ Tudo bem. Obrigado! - respirei fundo e adentrei minha sala, minha mãe era um ser difícil de se lidar, principalmente quando se tratava de mim. Estava ciente que por arrumar uma esposa primeiro, seria seu primeiro alvo de críticas, meus irmãos não teriam que passar por isso, já que, não estão interessados em casar. - Bom dia mãe!

Dona Angela me olhou de esguelha enquanto lia uma revista qualquer, nem mesmo se deu ao trabalho de me responder. Respirei fundo retirando meu paletó e o deixando sobre a cadeira giratória, a conversa a seguir não seria nada amistosa eu arriscava dizer.

__ Fiquei sabendo por terceiros que meu filho vai se casar.- comentou enquanto virava mais uma folha da revista. - Devo dizer que estou um pouco desapontada... Esperava essa atitude de seus irmãos, Natan, sinto que fui apunhalada pelas costas por meu próprio filho.

__ Não exagere mãe, não é como se eu não tivesse te convidado para o meu casamento.- digo reconsiderando a ideia, desde de Angel, eu não consigo confiar que a minha mãe não irá tentar alguma coisa para estragar esse momento. - Eu pretendo marcar um jantar para informar devidamente à vocês, lhe dou as honras se a senhora quiser?!

__ Eu não consigo acreditar que você vai se casar tão jovem e ainda por cima com aquela...- pondera em suas palavras, porém sei bem o que a mesma iria dizer.

__ Nem termine a frase, você é minha mãe, porém não admito que fale de minha esposa de maneira desrespeitosa! - sou firme em minhas palavras, detesto saber que minha mãe tem esses pensamentos absurdos.- Se quiser ser convidada para o meu casamento, sugiro que comece a medir suas palavras. Não é porque você é minha mãe que não vou lhe processar se necessário.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, não olhei em seu rosto momento algum, estava profundamente magoado. Eu amo muito minha mãe,  porém detesto esse lado preconceituoso dela, sei que está preocupada comigo, porém tenho plena certeza que Cátia não fará nada contra mim.

__ Eu irei marcar um jantar. - Fala a contra gosto enquanto se levanta do pequeno sofá de couro. - Leve sua noiva para nos apresentar formalmente!

__ Vou pensar no caso mãe, até de noite eu falo com a senhora sobre o assunto...- eu estava ponderando muito a ideia de ir a esse jantar, ainda mais na casa de meus pais. Falarei com Cátia sobre o assunto, caso a mesma não queira, não poderei fazer muita coisa.

Dona Angela saiu pela porta com sua postura altiva e esnobe, um dia foi uma modelo lindíssima, agora com os seus cinquenta anos já tem a mesma beleza de antes. Porém continua sendo bonita, somente seu caráter duvidoso que não me agrada.
Pude finalmente relaxar minha postura, meu dia alegre acabou de sair pela porta junto com minha mãe.

Angela

Entro em meu carro completamente aborrecida, não consigo compreender como meu filho tem péssimos gostos para mulheres. Retiro meu óculos escuro enquanto pego meu celular, eu preciso acabar com esse circo de horrores, todos estão comentando agora. Não sei onde enfiar minha cara, com tantas mulheres no mundo, meu filho tem que se casar justo com uma favelada.

__ Eu não posso permitir! - respiro fundo tentando imaginar uma forma de acabar com esse noivado. Meu filho não pode se casar com essa mulherzinha, onde já se viu um homem lindo e rico com uma faxineira. - Só por cima do meu cadáver.

Sorri satisfeita ao imaginar o plano perfeito, farei tudo com calma, meu filho não vai se casar com essa mulherzinha. Só pode estar enfeitiçado, não á outra explicação.

__ Para onde senhora? - Saio de meus pensamentos perversos quando meu motorista me chama.

__ Para casa Dalton. Para casa...- mau posso esperar para por meu plano em prática.