Confiança zero

37

Eu acordo confusa no dia seguinte com o Sol batendo no meu rosto.

Minha cabeça doia muito e assim que olho para o lado vejo Rafe.

Merda. Como isso foi acontecer.

Me levanto na hora, me cobrindo com o lençol da cama e correndo até o banheiro pegando a primeira roupa que eu vejo na minha mala que estava aberta no chão.

Me troco rapidamente e logo ja saio porque precisava sair daquele quarto.

- Gatinha... bom dia.

- Rafe, eu vou sair, e quando eu voltar eu quero que você esteja longe daqui. - falo abrindo a porta do quarto e logo em seguida a batendo com força.

Assim que entro no elevador apoio minha cabeça na minha mão e começo a processar tudo que aconteceu essa noite.

Eu não acredio que eu fiz isso.

Minha vontade agora era gritar. Gritar, gritar e gritar.

Por sorte as coisas derem certo com minha mãe e James ontem a noite, eu acho pelo menos, e ela não voltou para o quarto.

Eu não pretendo contar para ninguém o que aconteceu.

Merda. Eu esqueci de pedi para o Rafe não contar para ninguém. Ele não vai contar né?

Penso alguns segundos e obvio que ele vai contar. É o Rafe.

Não acredito nisso.

Aperto o botao do elevador para voltar novamente para o andar do meu quarto.

Quando eu estava prestes a entrar, Rafe abre a porta para sair.

- Eu ja to indo embora. - ele diz.

- Não conta para ninguém sobre o que aconteceu Rafe.

- Ontem você tava praticamente implorando para a gente transar e hoje você ta toda arrependida? Claro.

- É sério Rafe! Você não pode contar para ninguém!

- Tabom.

- Promete?

- Prometo gatinha. Seu segredo ta salvo comigo.

Ele sai andando dali e eu não consigo ficar apenas olhando ele, então entro rapidamente no quarto.

Me sento no chão encostada na porta e apoio minha cabeça nos meus joelhos.

Que merda que eu fiz. Que merda que eu fiz. QUE MERDA QUE EU FIZ.

Meus pensamentos são interrompidos pelo meu celular que começa a tocar.

Me levanto rapidamente e vejo que era minha mãe.

- Alo?

- Filha, bom dia!

- Pelo visto sua noite foi boa em. - pelo menos a dela.

Mentira que a minha foi boa também, na hora so. Porque agora estou completamente arrependida.

- Eu ja to voltando para pegar nossas coisas para voltarmos para casa tabom?

- Eu pego suas coisas! - falo rapidamente.

- Tem certeza? Eu te ajudo.

- Tenho! Tranquilo. Te encontro no lobby. Beijo, tchau!

Desligo o celular.

Não podia deixar minha mãe subir aqui. O quarto tava uma zona e a cama então... ela ia saber que eu não dormi sozinha.

Pego as coisas dela e coloco em sua mala. Arrumo minhas coisas também e rapidamente eu desço para encontrar minha mãe.