The Great Divide

CAPÍTULO II

Oie gente, tudo bem? Eu planejava postar um capítulo a cada domingo mas fiquei ansiosa pra postar logo esse capítulo, então aproveitem minha bondade kaks.

Espero que gostem, qualquer erro me falem nos comentários que eu ficarei feliz em resolver♡.

Boa leitura para todo mundo♡

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▪︎ CAPÍTULO II ▪︎

Ele percebe o quão nervoso Caspian deve estar, afinal quase morreu dentro deste mesmo navio, talvez tenha até um valor sentimental maior a julgar pela forma como Caspian ficou repentinamente sério e suspirou tristonho, Edmundo mordeu a língua querendo perguntar mas não se sentindo íntimo o suficiente para isso.

- Sabe...- Começou Caspian quando eles chegaram ao caminho de terra abaixo do penhasco - Eu sempre tive o sonho de ir para o mar, telmarinos temem o mar e por isso eu era chamado de louco por ter esse sonho tão inaceitável, mas segui em frente.
"Quando consegui a chance de viajar no peregrino da alvorada, foi o melhor momento da minha vida - Enquanto ditava, Caspian brilhava seus olhos em algumas lágrimas salgadas; o feerico ficou apreensivo sem saber o que fazer ou o que dizer em um momento como este enquanto pensava que seria pior caso Caspian deixasse as lágrimas descerem, Lúcia e Susana sempre foram melhores em assuntos sentimentais do que ele.

- Eu...entendo que tenha sido difícil para você, mas veja pelo lado otimista da situação, você pôde sair de sua terra e explorar o mundo, diferente de mim que nunca consegui dar um passo além do mar - Falou envergonhado e se sentindo um idiota, pelo menos suas palavras fizeram Caspian soltar um pequeno sorriso e voltar a sua atenção ao enorme navio a sua frente. Mas ele não mentiu, Edmundo entende o que Caspian passou pois desde o nascimento se sentia preso em Nárnia, lendo aventuras por meio de livros e sem poder sair para explorar o mundo além da sua terra, enquanto isso ouvia outros lhe dizendo o quão impossível seria este sonho de sair e ver o mundo, que seu lugar sempre será em Nárnia onde é seguro - Ele não está bem mas logo vai ficar, precisamos mandá-lo de volta para casa o quanto antes.

- Mas eu estou sem minha tripulação - Ditou confuso - Na verdade, e se eles estiverem soltos pelo reino?

Edmundo não queria dizer algo cruel como "espero que tenham caido ao mar", não por crueldade mas sim porque seria pior caso estivessem em Nárnia e fossem pegos; até o momento não tiveram nenhuma notícia de humanos invadindo o reino e seria ótimo se continuasse assim. A informação de humanos nas terras do reino só fariam os narnianos ficarem mais apreensivos e assustados, o ódio também irá voltar a consumi-los e Caspian poderia ser vítima caso decidam fazer uma procura minuciosa.

Caspian voltou a ir em direção ao seu navio, Edmundo o mostrou o mesmo truque que usou ao entrar e assim ambos voltaram ao convés daquele lugar que na opinião do feerico, é assustador. Ele parece pior que antes, talvez seja por ter sido abandonado por essas poucas horas, foi quase um milagre que ninguém o tenha encontrado ali. Observando a frente além do leme quebrado e por fora do navio, seus olhos pararam diretamente nos ramos verdes que desciam pela parede de terra as suas frentes, elas pareciam ter ficado maiores e mais escuras que antes, próximos a quase morrer, o que não é normal ao pensar que não estão na época de inverno ou outono quando as plantas ganham essa coloração escura.

- Caspian - Edmundo se virou de costas chamando a atenção do homem que estava parado no meio do convés analisando o estrago do seu navio - Eu preciso avaliar algo, poderia me esperar aqui?

- Ah, claro - Caspian não sorriu como normalmente faria, era de se esperar a julgar por sua expressão triste e preocupada ao observar em volta.

Edmundo gostaria de ficar e observar mais, talvez ficar próximo a Caspian para evitar que ele se sentisse sozinho e triste ou quem saiba ele decida fugir, nunca se pode confiar cem por cento em um humano, mas ele precisava analisar e estudar aqueles ramos que estavam mais estranhos que antes, não é seu trabalho mas seria bom estar informado de qualquer forma.