The Great Divide

CAPÍTULO III

Capítulo não totalmente revisado, qualquer erro se sintam a vontade para me avisar nos comentários.

Boa leitura e adoro vocês♡

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CAPÍTULO III

Edmundo acordou antes mesmo que o sol invadisse o cômodo por completo. O brilho intenso solar atingiu as folhas verdes da árvore com tudo e em conjunto uma parte do rosto de Caspian ao qual dormiu ao seu lado na cama, sua pele bronzeada brilhava mais ainda com a luz e talvez o féerico se viu em uma situação confusa ao observa-lo.

Caspian é um homem bonito. Edmundo analisou o rosto brilhante do humano e entendeu o quão diferente eles são, um humano como Caspian tem um rosto bonito não de uma forma mística e sim tão...natural; não contém chifres ou algo mágico que o faça brilhar e isso é tão incrível quanto assustador. Edmundo se perguntou com o questionamento de que talvez sua beleza - de todos os féericos - seja resultado de magia. Nos livros com frases humanas costumavam dizer que os féericos faziam todos se apaixonarem por eles com sua beleza hipnotizante, Caspian não tem e ainda sim consegue ser tão brilhante e bonito. Pensar isso fez Edmundo se sentir um pouco inseguro.

Corando, Edmundo desviou o olhar percebendo que já não bastava estar dividindo o espaço da cama com o humano e agora o está admirando, é estranho demais até mesmo para ele.
Era algo que Edmundo não planejava, seu objetivo era dormir na segunda cama acima das árvores, era como uma pequena casa nas folhas que era usado para brincar; foi construído por ele e seus irmãos com o intuito de não ficarem com medo a noite e todos poderem dormir no mesmo quarto. Mas Caspian entrou em sua frente o impedindo de sair, claro que ele poderia ter fugido ou qualquer outra alternativa mas ele simplesmente não quis, não entende o porque e nem gostaria de questionar mas estranhamente dividir a cama com Caspian pareceu algo confortável, passar parte da noite conversando com ele foi bom e quentinho.

Lembrando-se da noite passada ao qual perguntou a Caspian sobre as princesas que estava tão animado em conhecer, Edmundo se impediu de ficar indignado e um pouco decepcionado com a informação que elas não existiam. Pareciam histórias tão mágicas e reais, pelo menos as que ele conseguiu ler em seus livros levando em conta que Nárnia também é considerado um lugar mágico, histórias assim seriam comuns no lugar onde vivem.

Edmundo passou por cima de Caspian o mais devagar possível para não acordá-lo, o humano dormia serenamente com a respiração lenta e uma expressão calmamente, é lindo vê-lo assim. Para sua infelicidade ao ter seu quarto invadido, Edmundo precisou se trocar no banheiro e também apertar o seu chapéu após conferir os seus chifres, já começará a ficar incômodo ter aquele chapéu em sua cabeça vinte e quatro horas por dia.

- Bom dia - Soou cansado e baixo quando se sentou a cadeira, suas mãos rapidamente pegaram o primeiro pão presente na mesa na intenção de deixá-lo coberto de geleia.

Como todas as manhãs, ou pelo menos maior parte de suas manhãs; Susana estava já estava sentada na mesa preparando os pães, geleia e chá ao qual seu delicioso cheiro pairava por toda a cozinha. Pedro estava sentado na cadeira a sua frente, seus olhos alternavam entre a geleia de Amora e morango obviamente se questionando qual escolheria para aquela manhã; Lúcia não se encontrava em nenhum lugar da cozinha e olhando pela janela pôde entender o porque, sua irmã caminhava do lado de fora recolhendo algumas pequenas amoras com sua cesta.

- Como foi a noite? - Seu irmão perguntou finalmente decidindo ao qual geleia escolheu, sua mão moveu-se para a de morango.

- Foi boa, ele ficou em silêncio e dormiu durante toda a noite - Edmundo bebericou um pouco do seu chá na sua caneca.