Águas passadas

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Atenção! Esse capítulo terá uma revisão minuciosa em breve. Então em caso de qualquer erro ou contexto desconexo, peço perdão. Iria arrumar o mais rápido possível.




Floresta de Mirabela, 3 anos atrás.

   O sol semeava entre as folhas das árvores, se infiltrando entre os troncos, tocas e ninhos de cascas e galhos. O clima ensolarado e fresco fazia as cores do céu se destacarem acima da floresta, o azul vibrante do céu e as poucas nuvens passageiras. Mas isso só era possível de ver se olhasse além das folhas e galhos, para onde a cobertura de folhas das árvores não alcançava.

   Ou você poderia andar sobre os galhos das árvores alto o suficiente para ver além de suas folhas, assim como fazia a garota de cabelos castanhos e marias chiquinhas prendendo suas mechas de cabelo. 

   Ela parou por alguns instantes, inclinando a cabeça para cima de modo que a luz do sol refletisse contra seus olhos castanhos os deixando claros. E então ela continuou seu caminho, caminhando de galho em galho e saltando para os mais próximos e firmes perto de si, repetindo esse processo de árvore em árvore enquanto levava uma bolsa de couro velha e desgastada em suas costas, além de trajar uma camisa branca e saia verde espinafre e usar um par de meias negras e longas que iam até a altura de seus joelhos. 

   Estava a cerca de 4 metros do chão, altura que variava de acordo com o galho da árvore e com as inclinações no chão terroso e pedregoso da floresta. 

   Um pequeno estalo logo abaixo fez com que a garota parasse de súbito, ficando tão imóvel quanto os troncos das árvores. Sua respiração havia cessado e seus batimentos acelerados. 

   Ela se manteve parada, esperando pelo próximo ruído. Qualquer barulho, qualquer movimento, mas não teve nada. 

   Então ela continuou, caminhando passo após passo pelo galho como se fosse uma passarela. Isso até um segundo estalo ruir mais abaixo. 

   Ela avançou para baixo, mergulhando direto em um canteiro de arbustos que estava logo abaixo da árvore em que ela estava a momentos antes. Uma queda de aproximadamente 3 metros, mas algo amorteceu o corpo da garota quando ela avançou para os arbustos, e era exatamente isso que ela queria ao avançar sobre o corpo de quem quer que estivesse ali.

   A garota enrijeceu os músculos e cerrou os punhos. Se mantendo imóvel sobre o corpo do ser embaixo de si. 

   Ela estava puxando o colarinho de uma jaqueta esverdeada como se estivesse puxando uma corda ao redor do pescoço de alguém, e realmente estava. Estava segurando e puxando alguém pelo colarinho da jaqueta enquanto estava com sua outra mão fechada em um punho pronta para dar um soco caso fosse necessário, e ainda tendo o fato de que estava agachada sobre o peito do ser enquanto o encarava. 

   Ela rosnou, levando o olhar para os olhos do ser a qual ela segurava. 

   — Quem é você? — Disse a garota entre um grunhido. Os olhos castanhos estavam sérios. 

   — Vejo que você cresceu bastante… — A voz do homem continha um misto de suavidade, surpresa e ansiedade. E também um pouco de falta de ar. — E está com os mesmos hábitos de sua mãe. — Ele terminou a frase com algo que pareceu uma risada nervosa. 

   A garota parou de focar apenas no olhar do homem e começou a olhar para seu rosto e então para o resto. Para seu rosto pálido, os cabelos castanhos e lisos, a barba clara e rala em seu rosto. E para seus olhos castanhos escuros, idênticos aos dela. 

   — É bom te ver, Esmeron. — O homem deu um sorriso delicado.   

   Isabella arregalou os olhos castanhos ao reconhecer o homem. 

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⏰ Última atualização: Nov 29, 2023 ⏰

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