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*Daddy Issues >The neighborhood*

   »SN«

-SN!!!!-Carl.

Ele me abraça ao me ver correndo em minha direção.

-CARL!!!-SN

Corro na direção do mesmo e colamos nossos corpos em um abraço forte.

-Que saudades, 'sem dentes-SN
Sorrio ainda abraçada nele.

-Eu também, linda.-Carl
Ele fazia carinho no meu cabelo.

-Eai como tá as coisas?-SN
Digo me afastando do abraço e puxando o garoto para sentar.

-Normais e entediantes como sempre.-Carl

Ele se senta do meu lado pegando o salgadinho e refri.

-Ui que gostoso.-Carl

-O reformatório,foi barra?-SN
Digo o olhando.

-Gata, eu sou o Carl, o Carl Callagher. Se acha que alguém supera?-Carl
Ele diz se gabando e negando com a cabeça sorrindo.

O sorrisinho dele é tão perfeitinho 🤏🏻

-Leonardo Di Caprio supera.-SN
Sorrio.

-Esse velho derretido não tá com nada.-Carl

-Tava tão com tanta saudades de você cadelo.-SN

-Eu também formiguinha.-Carl

Olhei pra ele e sorri, ele fez o mesmo. E assim nos abramos novamente. Eu amo a amizade dele. Com certeza uma das melhores pessoas desse mundo.

-Vem aqui pra eu te ensina o 360 filp.-SN

-La vem, já tô dizendo que eu sou melhor.-Carl

-Vamo ver então bomzão.-SN

         Quebra de tempo

Carl e eu já tínhamos andando tanto e se divertido muito lá.

Já estava de noite e ele tava me levando pra casa.

                  Minutos depois

-É, SN?-Carl

-Sim?..-SN

-Sabado, um carinha riquinho vai dar uma festa daora, é, se você estiver com vontade de ir, quer ir comigo? Eu te busco e depois te levo pra casa e ainda faço com que você não beba um gole de álcool.-Carl

Ele dizia fazendo movimentos com as mãos e um olhar preocupante com cada frase que dizia. Achei fofo.

-Vou sim, mas nada me impede de beber álcool garoto.- SN
Dou beijos no ombros e rio.

-Eu sei, sua vida, suas escolhas.-Carl

-Sim.-SN

-Entregue em casa.-Carl

-Obrigada, valeu por hoje. Tava muito bom kkk.-SN

-Tambem gostei.-Carl
Ele sorri me fazendo sorrir também.

Nos abraçamos e se despedimos. Entrei em casa e dei de cara com meu pai bebendo no sofá cabisbaixo.

Droga.

-Pai, tudo bem?-SN

-Nunca tá bem, olha só pra você, voltandessa hora de casa, Rafe deve tá trepando com uma putinha qualquer, e Jajá é sua vez de fazer isso. Se é que não fez né?- Mithel

O olho indignada pelo que ouvi

-Por favor, não fala essas merdas na minha frente. Olha oque você acabou de dizer. Porra eu tenho 14 ANOS!-SN

Sem querer altero meu tom de voz na última frase.

-OLHA O JEITO QUE VOCÊ TA FALANDO COMIGO EM GAROTA!-Mithel

Ele sai do sofá e se aproxima de mim.

Eu me afasto até a porta.

-Pai você tá bêbado,por favor.-SN
Digo com medo do que ele irá fazer.

-Eu não vô fazer nada. Por enquanto você não presta pra Porra nenhuma!-Mithel.

Ele me olha com desgosto.

-Voce só causa decepção SN, você só reclama, nada tá bom. Você ainda reclama que eu só bebo e depois tento concertar o problema, mas você sabe exatamente que o problema de eu ser assim e fazer isso é tudo sua culpa garota. Nada te favorece. Você é uma ingrata. Oque adianta dar tudo oque você quer e ainda ser assim com seu pai. Não dá nenhum prazer à ele.-Mithel.

Confesso que isso me quebrou. Lágrimas já estavam se escorrendo.

-Voce tá bêba-do.-SN

Minha respiração já estava meio incontrolável, eu estava com medo. Quase tremendo, e deixando as lágrimas caírem.

-Cala boca, você não sabe merda nenhuma. Você é só uma garotinha-Mithel

-Sim pai você tá certo.-SN

Saiu dali e vou até meu quarto.
Tranco a porta e limpo meu rosto.

Porra sempre isso? Quando irá ser diferente?

Deito na minha cama, fecho os olhos, coloco uma música e acabo dormindo assim mesmo.

               Quebra de tempo

02:33

Acordo meio suada e com calafrios. Não sei o porquê.

Vejo a hora e resolvo sair, tava morrendo de fome.

Tinha chegado em casa as dez da noite e não tinha comido nada quando cheguei em casa, por conta.. bom.

Abro a porta bem de fininho e dou uma olhada de canto no andar de baixo. Tudo normal.

Olhei ao redor e Mithel tava dormindo no sofá da sala,  porta do quarto do meu irmão tava trancada. Tudo normal.

É sempre assim, meu pai bebê pra caralho, fala várias merdas na nossa cara, e depois vem com abraços e 'presentinhos com a bela desculpa "se sabe que o papai ama você né?"

Sinceramente, eu não sei de nada.

Mas se a mamãe estivesse aqui comigo, ela com certeza não deixaria mais isso acontecer.

Resolvo fazer um miojo pra mim  e assitir minha serie favorita.

Não tô mal pelo que meu pai me disse, já tô acostumada. E eu fico feliz em saber lidar com isso e não me importar.
  Talvez isso seja escroto, mas eu não preferia como antes.

Chorar muito, demonstrar fraqueza, e se culpar demais por coisa que nem foi você que causou. Achar que a culpa é sua e ficar se culpando pela merdas dos outros.

Com certeza isso me matava. Então eu matei a antiga eu.

Saio dos pensamentos e vejo que minha água já ferveu.

Coloco o miojo, espero mais 3 minutos e ponho o pozinho mágico do câncer.

Fecho a porta do meu quarto, ligo a tv, e dou o play na minha série da vida.
Gilmore Girls.

Até que hoje o dia foi legal. O dia de ontem né já que são 3 da manhã.
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Contém erros

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Até a próxima 😼

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