XXV

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GRITEI O MAIS ALTO QUE PUDE, senti meus pulsos arderem com a força que eu fiz tentando me soltar daquelas algemas

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GRITEI O MAIS ALTO QUE PUDE, senti meus pulsos arderem com a força que eu fiz tentando me soltar daquelas algemas. Passei meu olho pela sala procurando Richie, o irmão da Rue, mas ele já tinha ido embora.

— Minha filha, não se machuque. — Meu corpo todo se arrepiou de medo ao ouvir a voz daquele homem.

— Fica longe! — Gritei quando ele deu passos para frente e gritei mais ainda quando ele me tocou.

Meu pai nunca me machucara fisicamente, mas tudo de ruim que ele fez com a minha mãe também havia tido uma reação terrível em mim, era como se eu pudesse sentir todos os tapas que minha mãe ganhou dele. Ouvi a porta e consegui relaxar meus pulsos quando vi quem estava entrando na sala.

— Jade, não faça isso! — Safira pediu, ela parecia assustada, como eu.

Levantei meu corpo da maca com dificuldade, eu sabia que não devia estar fazendo aquele esforço, mas não tinha outra opção.

— Não....Mãe... — Falei quando vi Âmbar entrar no quarto, arregalei meus olhos com a cena que vi.

Minha mãe andou lentamente até o meu pai que até então nós achávamos que estava morto e deixou com que ele a beijasse. Deixou que o homem que a machucou psicologicamente e fisicamente ficasse perto dela. Minha garganta secou e não consegui falar mais nada, eu estava tão exausta.

— Você precisa descansar — Escutei Opala dizer e meus olhos foram se fechando lentamente.

— Vou ficar com você irmã, sempre...

Safira disse e antes que eu caísse de cansaço o rosto de Peeta apareceu em minha mente, ele disse isso pra mim uma vez e eu não consegui protegê-lo, nem a ele e nem o nosso filho.

(...)

Já era noite quando eu finalmente acordei, meu corpo não estava descansado, longe disso, mas eu precisava fazer alguma coisa. Eu tinha que salvar Peeta. Quando puxei meu braço com força na intenção de tentar escapar das algemas mais uma vez elas não estavam lá. Me levantei com dificuldade, meu corpo todo doía.

— Peeta...Peeta — Sussurrei o nome enquanto pensava em seu rosto e em nossos momentos juntos, eu não podia esquecer.

Abri a porta com cuidado, não queria faz barulho. Andei pelo corredor até achar uma porta parecida com a do meu quarto e abrir.

— Finnick! — Falei com certa mágoa quando vi o homem.

— Eu quis voltar pelo Peeta e pela Johanna... Mas, eu não conseguia me mexer — Finnick finalmente me olhou nos olhos, ele parecia tão machucado quanto eu — Eles também pegaram a Annie, pegaram ela... Ela está na Capital.

Encarei ele em silêncio, não sabia o que dizer, não sabia se deveria dizer algo.

— Queria que ela estivesse morta... — Pisquei algumas vezes quando ouvi Finnick dizer aquilo, mas eu entendi, ele sabia do que a Capital era capaz — Queria que todos estivessem mortos, inclusive nós.

Unstoppable|ᴘᴇᴇᴛᴀ ᴍᴇʟʟᴀʀᴋOnde histórias criam vida. Descubra agora