Capítulo 2

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 Giovanna Lewis;

-Meu nome é Nate.

Sorrindo,apertei-lhe a mão

-Eu sou Gio .não estou de férias vivo em Singapura e adoro.

Senti o calor da sua mão e a sua força a conter e gostou,odiava os homens que lhe apertavam a mão com cuidado porque ser uma mulher

Nate-por motivos de familia?

Abanei a cabeça ,perguntado-se  se o tal do Nate queria descobrir si eu tinha namorado.

Embora eu parecesse uma pessoa demasiado directa para jogar a esse tipo de jogos.Se estivesse interessado em mim teria perguntado claramente .Mas tinha a sensação de que só estava a conversar comigo por pena,não porque desejava-me como mulher .

Embora não me importasse estava a gostar de poder falar com alguém em especial com um homem tão bonito,fossem quais fossem as suas motivações para si ter sentando comigo.

Gio-Não tenho muita familia.Duas irmãs em Sindney è só isso.Trabalho na produção de um programa de televisão sobre viagens.

Nate- Parece interessante

O empregado apareceu com as nossas bebidas e ele agradeceu e assinou a conta,dando-me a oportunidade de olhar para ele com atenção.
Tinha uma camisa branca de fato com o último botão desabotoado e as mangas arregaçadas ,calças pretas e sapato de marca .No entanto o mais interessante não era a sua roupa ,mas o corpo que tinha por baixo .
Um corpo forte, recto e tudo de bom,muito agradável

Normalmente não pararia para falar com um estranho nem o convidaria para beber alguma coisa comigo mas havia algo tão ...tão preocupante nele uma vulnerabilidade disfarçada que dava vitalidade de o abraçar e de lhe dar umas palmadas reconfortantes nas costas.

Nate-Posso perguntar-te uma coisa?

Levantei o olhar do seu pescoço que prometia um peito bronzeado e fascinante .

Gio-É claro!

Nate-Há um instante estavas a murmurar algo sozinha .Esta tudo bem?

Acabei por corar

Gio-Dizem que o facto de falar sozinha é um dos primeiros sinais de loucura e bom eu estou louca tão louca que tenho vontade de estrangular o meu amigo Nigel por me ter deixado plantada.

Nate-Oh deixou te plantada?—repetiu ele divertido

Gio-Sim o canalha ,parece que uma rapariga de quem gostava o fez uma proposta melhor portanto preferiu deixar a amiga aqui sozinha,muito bonito....

Nate-Isso não se faz.Os amigos deviam ser os mais importantes.

De repente percebi-me que fiz drama de algo insignificante.

Gio-Porque achas que que deixou-me a espera?—perguntei

Nate sorriu

Nate-Bom tendo em conta a tua mala e o brilho maníaco dos teus olhos qualquer homem fugiria .

Sorri e percebi que já não incomodava tanto o facto de Nigel não ter vindo .De repente o que queria era partilhar segredos com aquele estranho.

Gio-Tu não fugiste,sentaste comigo não foi?

Nate-Tens razão

Nate levatou o copo de cerveja na sua direção antes de beber um gole sem deixar de olhar para ela nos olhos .

Fiquei sem saber o que pensar dele não estava tentar seduzir-me mas quando olhava para me assim tão fixamente era como se uma corrente elétrica invisível passsase entre nós ,bebi a minha água com limão

Nate-Ele é que perde

Gio-Sim tens razão o meu amigo que escolheu mal—concordei quebrando o contacto visual

Nate- Então não era o amor da tua vida?

Soprei e imaginei Nigel sempre tão desalinhado e traquilo,não nunca poderia ser mais do que meu amigo em quem descarregar depois de um dia de difícil no trabalho

Gio-Nem pensar ,a nossa relação é puramente platônica

Nate- Nesse caso não vale a pena estares a preocupar-te com ele podes dar uma descompostura da próxima vez que o veres

Gio-É verdade

De repente percebi que o meu comportamento com  Nigel era uma tolice e que o que lhe interessava naquela momento era descobrir algo a respeito da tristeza que viu em Nate da primeira vez que olhou para ele

Gio- E tu?Tens algo interessante para contar?

Ele olhou-me como si eu tivesse deitado um jarro de água fria pela sua cabeça parecia surpreendido e magoado embora não demorasse a pôr uma máscara.

Nate-A verdade é que não,sou casado com meu trabalho não tenho tempo para mais nada.

Gio-Sei o que isso é —declarei tentado não se meter onde não sou chamada

Gio-Eu sou a dona produtora de televisão ,o que fazes?

Ele demorou um momento a responder como se estivesse a calcular todas as suas palavras

Nate-Também trabalho no mundo do entretenimento,embora me dedique mais à parte dos negócios

Gio-Então és daqueles peixes graúdos que mexem os cordelinhos?

Finalmente fiz vê-lo voltar a sorrir

Nate-Pode dizer -se assim,sou o presidente da minha própria empresa e para além de deter os direitos de todo tipo de desportos desde o rugby até os jogos olímpicos também focamos em outras actividades

Gio-Bom ,já sei a quem procurar se precisar de trabalho—comentei odiando-se pelo facto de o imaginar mim tocando

Nate-É claro

Nate acabou a sua cerveja e preparei-me para a despedida confusa ao não saber porque custava tanto deixar ir-se embora.
Não conhecia aquele tipo ,não queria que aquilo acabasse e não o devia fazer .

Nate-fiquei com fome depois da cerveja .Queres jantar comigo?

Tentei esconder o alívio ao ouvir isso

Gio-Parece perfeito.A comida desse hotel é o melhor de Singapura

Nate-Ouvi dizer que sim,vamos experimenta-lo.

Levatei-me e ignorei a voz da minha consciência que perguntava o que raios pensava que estava a fazer ao aceitar ir jantar com um homem que não conhecia

Nate- Não costumo fazer essas coisas—comentou estendendo o casaco.

Nate-Quer dizer não costumo a jantar com mulheres que acabei de conhecer .

Gio-Já somos  dois— respondi ignorado a voz da razão e sorrindo com timidez
Escolhi comer um delicioso prato de caranguejo picante e de arroz frito degusticado de um vinho

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