Beijo

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O Hisoka sendo fofo uma vez na vida. Mal sabe ela que 00:00 tem uma surpresa.😈

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Akane Po'V

Já sentiram a dor de matar alguém? Quando digo matar, não é matar por dentro, quem diria...

Às vezes, fechar os olhos é como reviver cada momento doloroso. Sinto como se estivesse presa em um loop interminável de arrependimento e culpa. Akira foi o meu mundo, a luz que iluminava meus dias sombrios. Quando ele pediu a morte, eu não pude negar. Eu o amava tanto que faria qualquer coisa por ele. Mas agora, carrego o peso da culpa, das escolhes que eu fiz. A ironia cruel do amor é que às vezes é tão intenso que nos leva a cometer atos incuráveis. E agora, sou uma espectadora da minha própria vida, onde não consigo viver um dia sem me sentir culpada.

Aas vezes, parece que fui eu quem concedeu a ele a paz que tanto buscava na sua dor, enquanto eu mesma fui consumida pelo fardo opressor da culpa. Se eu pudesse voltar, mudaria tudo. Mas agora estou aqui, presa na minha própria história, onde o fim já foi escrito e eu, lamentavelmente, sou a protagonista dessa merda toda.

Eu deveria ter dito não, mas eu seria egoísta por pensar apenas na dor que eu iria sofrer? A solução estava diante do seus olhos. A morte. Eu dei a ele...

As vezes, sinto sua presença pairando por aí, vagando pelos lugares, olhando para mim e rindo da minha própria insignificância. Maldito! A momentos em que parece que consigo ver seu sorriso cheio de desdém, fitando-me enquanto ecoa sua risada suave que um dia tanto amei.

É um paradoxo perturbador, sentir sua presença mesmo após sua partida. Parece que sua sombra paira sobre mim, zombando da minha falha, enquanto o eco daquela risada reverbera em minha mente, como um lembrete doloroso do que um dia foi minha alegria.

Sinto meus olhos arderem enquanto as lágrimas ameaçam cair sem pudor, como se um punhal tivesse sido cravado em meu coração, dilacerando-o aos poucos. Aquele dia se gravou  em minha mente, quando o vi ajoelhado diante de mim, seus olhos transbordando dor, suplicando para ser libertado por minhas mãos, ansiando por uma morte que lhe trouxesse paz.

Ver alguém que amamos desejar o fim dessa maneira é como um golpe brutal que nos deixa desamparados, sem saber como responder a um pedido tão angustiante. A agonia estampada em seus olhos me persegue, como uma ferida que se recusa a cicatrizar, lembrando-me da angústia daquele momento e da impotência que senti diante da sua súplica!

Akira parecia um verdadeiro príncipe à primeira vista, alguém que tratava sua 'princesa' com toda a delicadeza e encanto. Eu caí no conto do vigario e me deixei levar pela fantasia. Mas aos poucos, ele revelou uma outra face, oculta sob aquele sorriso encantador e reluzente.

Aquele dia no shopping, onde ele me leva pra um passeio e tomar sorvete. Foi o dia em que comprou nosso anel... E o dia em que eu o matei.

Ele sussurrou que mesmo após sua partida, estaríamos eternamente conectados, como se suas palavras fossem um vínculo que transcendesse a morte, uma promessa transformada em uma maldição que assombrava cada lembrança daquele instante.

Em meio aos soluços de agonia, suas palavras eram um lamento entrecortado. Ele confessou que a dor que o consumia era como um oceano sem fim, onde apenas a morte parecia oferecer alguma esperança de alívio neste mundo tão impiedoso. Sinto-me impotente por não ter percebido a tormenta oculta por trás daquela máscara de sorrisos estupidamente lindos, que escondia a escuridão de sua alma dilacerada.

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