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Eu e as meninas estavam no quarto de Shizuki conversando e se arrumando sobre oque rolou ontem na festa. Claro que eu contei tudo menos a parte do Hisoka.
- Onde você estava ontem, afinal? - Pergunto para Machi aplicando uma fina camada máscara de cílios nos meus olhos.
- Ahh Akane! - suspira como se estivesse apaixonada, despertando a curiosidade em todos nós. Machi com alguém?
- O que!? Quem é o felizardo? - Shizuki para de se arrumar sentando na cama para ouvir a fofoca.
- Na verdade é uma felizarda. - mostra a linguinha de un jeito travesso. - Hana.
Eu olho para Shizuki que olha para Pakunoda que olha para mim de boca aberta.
- O quê? A acompanhante de Illumi? - Dessa vez, até eu paro de fazer minha maquiagem, deixando um olho pintado e outro não, para prestar atenção em Machi.
Machi assente com um sorriso tímido.
- Eu estava dando um passeio pela mansão e vi a Hana. Senti que tinha que falar com ela. Não queria ser muito direta e assustá-la, vai que ela seja hétero. - Quando finalmente tevi a oportunidade de se aproximar, ela notou meu interesse e sorriu. Ai eu falei como se não quisesse nada "Vinho bom né?" E sorri.
- Você é péssima, Machi! - Me levanto rindo para terminar minha maquiagem. Shizuki e Pakunoda riram também pela falta de jeito de Machi.
- Pelo menos eu consegui oque eu queria, não fiquei de joguinho! - Tirou o cabelo do pescoço se achando - Aí a gente foi conversando sobre tudo. Ela foi se aproximando e eu também é enfim... Aconteceu.
- Quem diria, grande Machi! - Shizuki da tapinha no ombro de Machi - finalmente superou o Hisoka.
Num instante meu sorriso some.
- Na verdade eu-
- Vamos logo se arrumar né?! - Me adianto sem deixar que Machi terminasse de falar. Eu não queria ouvir. Ouvir amiga dizer que ainda tinha algo pela cara que eu quase passei a noite.
(...)
Saí do prédio e deparei com Hisoka parado do lado de fora, observando o céu, com uma mão no bolso e a outra segurando um charuto, soltando a fumaça calmamente. Estava vestido com um terno branco e uma gravata preta, seus cabelos ruivos cuidadosamente penteados para trás. A visão dele daquela forma bagunça minha cabeça.
Fiquei ali, parada, observando-o de longe e silenciosamente. A lembrança de nosso momento juntos vem a tona. Era difícil pensar que tudo aquilo quase entregue a mim.
