Desavenças x Reconciliação.

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(1 de outubro, dias antes...)

Era uma tarde serena, por volta das 18:00, quando o telefone de Kaori tocou, interrompendo o silêncio da sala.

Se afastou das pessoas, e atendeu reconhecendo imediatamente a voz de Kurapika, um jovem atormentado pela sede de vingança contra a Trupe Fantasma, responsável pela cruel aniquilação de seu clã. A tragédia havia ceifado a vida de todos os seus entes queridos, restando apenas ele, um jovem de cabelos loiros e olhar distante, cujo único objetivo há muito tempo era planejar sua vingança e acabar com cada um dos membros de Geney Ryodan.

— Alô. Eu topo sua ajuda. - Kurapika diz sem enrolação e escuta um risonho da mulher do outro lado da linha.

— Sabia que iria querer minha ajuda. Me encontre no parque abandonado de York Shin, dia 3 de setembro às 19:00 em ponto, ou você pode esquecer da minha ajuda. 

— Combinado. Sem uma palavra com mais ninguém, entendido? 

— Descrição é meu sobrenome. 

♥️♦️

(Dia 4, um dia depois da desavenças com a trupe. ainda na casa de Silva)

— Seu idiota! Você não sabe a vontade que estou de te dar um soco, Hisoka. - Akane tranca a porta do quarto batendo os pés no chão.

— Aqui pombinha, vamos brincar de um jogo. - Estende as cartas sobre a mesa de cabeça pra baixo. — As regras são simples. Vire duas cartas de cada vez. Se formarem um par, o jogador pode coletá-las e pode voltar a virar mais duas cartas. Caso contrário, as cartas são viradas para baixo novamente e a vez passa para o seguinte jogador.

— Estou falando sério aqui. Você não tem o direito de me tocar onde ou quando quiser! 

— Seu corpo reagiu ao meu toque, e agora você diz isso? — franze a testa, parando de virar a carta com um gesto brusco. — Eu não fui o único a querer mais contato!

Com um suspiro leve, observo-o enquanto ele guarda as cartas, com expressão desanimada.

— Hisoka, precisamos deixar as coisas claras. Nós não somos nada um para o outro. Foi você mesmo que disse que não passou de um momento fugaz, e agora está agindo como se fossemos namorados, ou coisa do tipo. — Dizia as palavras no automático, sem pensar por estar irritada com o acontecimento no jantar, mesmo que sentisse seu coração pesar proferindo as palavras pra Morow.

— Precisa ficar me lembrando disso toda hora? —Bufa. 

— Sim, eu preciso. Porque às vezes parece que você está criando expectativas das quais não nos cabe. Você não ama ninguém, e a mim não vai ser diferente!

Com um balança de cabeça, guardou as cartas no bolso com resignação.

— Não vou mais insistir nisso. — Respondeu com os lábios firmemente fechados. — Acho que Illumi tem razão quando diz que estou ficando idiota. 

— O que isso quer dizer? 

— Você é idiota por percebe que não consigo parar de te irritar porque é assim que eu demonstro meu carinho por você? — Segura nos ombros de Akane, encarando ambos os olhos bicolores que tanto lhe causava desejo.

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