Capítulo 6 - Um coração Selvagem não sabe pulsar a vagar

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Meu coração levemente leviano

Entre loucuras e desenganos

Deseja desesperadamente

Um outro coração

que deseje ardentemente

a incessante emoção

que vá além da paixão

que tanto já vivi desembocando em traumas

resultados da falta de calma

destroçando nossas almas

Diversas vezes 

somente o meu desvairado coração apaixonado

se revira nos devaneios de paixões

perdendo-se no olhar desinteressado

sucumbindo num vórtice de insanas ilusões 


Já não suporto mais este alvoroço

Esperando sempre alerta

eu vivesse sempre com uma corda atada ao pescoço

Equilibrando numa corda bamba minha mente sempre dispersa

Não me dobro a hipocrisia de que desisti do Eros do amor

Do desejo... Da emoção... 

De um coração 

Naquela cósmica explosão

no olhar transpassando a alma

Sem dizer nada

São ditas todas as palavras necessárias

Muito tenho andado

E em cada passo tenho pensado

Em cada pensamento tenho sentido

Em meio a tudo que me foi permitido

Em muitos atos não havia sentido

Por muito tempo havia me perdido

Nos desejos impulsivos

Nos atos desregrados

Abandonei  verdades

Profanei raridades

Agora sei, não posso me dar ao luxo 

do retrocesso

do autoengano

da desilusão

da estagnação

Deixar-me-ei viver

Deixar-me-ei ir

Destemida

Sem pressa

Na perfeição do alvorecer!

Na permissão do renascer!

CORAÇÃO DE LOUCAOnde histórias criam vida. Descubra agora