Casei-me em Vilentine's Day

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Quando você chegar, deixe-me enxergar, o dilatar do teu peito, pelas janelas de tua alma, assim como em ti, o alvorecer do sol no teu sorriso, encontrarei também, a magia do crepúsculo acender, o sagrado fogo, vital alimento, mais raro que a paixão, num emotivo momento, acariciando nossos fios ao vento, ao doce calor do pertencimento, um coração que aqui sonha, apaixonado pelas palavras, e crente no amor, sabe que a verdade, o romantismo é cheio de pedras no caminho, e até o instante que nossos olhares se encontrem, poderei me perder de ti, e encontrar divergentes de mim, mesmo que eu saiba já distinguir, o falso do intenso que encontrarei em ti, pois já desvendei em mim, e tu, águia bonita, distante ainda, distinta e linda, vens vindo até mim, e eu, poeta que sou, sonho e escrevo com ardiloso ardor, de salto vejo a cor da paixão, desvencilhar do perigo, percorrer a trilha que o destino, às vezes até viver um desatino, parece mais sensato, que ficar esperando aviões, ao invés de apenas deixar-se levar pelo emocionante passeio na calda do cometa.

E enfim cá estamos frente à frente, meu eu em ti, teu eu em mim, meu espírito em minha mente, sentimentos decentes e indecentes, rubores, sem temores, tempestades, sem maldades, meu corpo me pertence, digo no espelho vorazmente, devoro-me sutilmente, com a delicadeza ante a delícia de compreender-me minha, pois sou minha própria rainha, encontro disposto meu rei, ao qual sou eu mesmo, mergulhei no místico verdadeiro, senti na crueza da dor, o visceral do amor, e me vi ali, nua diante da plena lua, banhadas por divinas águas, doce, como um gosto a vida, purificada, de alma cicatrizada, nas asas angelicais, nos meus braços termais, alongam-se meus dedos, repousam em metal dourado, símbolo do meu eu transmutado, meus lábios adocicados no néctar vital, um sabor sem igual, dizer que, permitir-se viver em si um historia de amor no alvorecer de cada dia, loucura seria, tente ao menos uma vez, cuidar-se como ninguém nunca o fez, ao invés do frenesi da busca desenfreada, perceberá a dádiva, no lugar de ser cuidada, terá o domínio de seu próprio reino, como um jardim inteiro, de regar-se as pétalas da pele, assistirá o adubar do solo das próprias raízes, antes há de em si plantar-se a semente que se encontrou com amor, germinou, após tano tempo que lá fora buscou, o sorriso no espelho da alma, nem Narciso se amaria com tanta entrega, Narciso só via a sua bela capa, amar-se de todo, do mais feio, ao perfeito que ainda será, e que já é, que está em processo, como em cada verso e reverso, depois da eclosão da centelha de luz, o que mais me seduz é me pertencer, é a mim mesma obedecer, é me dar sem temer, olhar para a minha aliança "una" e saber: Ela tem o valor que dei, a primeira vez que me casei, a mim me devotei, sou amada, sou rainha, minha e comigo, sou minha, sigo amando, no amor seguirei!

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⏰ Última atualização: Feb 15 ⏰

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