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Luíza Collins

Suspiro me arrumando na cadeira do restaurante, me sentindo desconfortável pela presença do garoto. Pego meu celular para me distrair, vendo algumas mensagens de Bryce, meu melhor amigo.

Brice 🩶 — AMIGAAAA!
[ 11:22am ]
Brice 🩶— Você viu as notícias nos sites de fofoca?
[ 11:22am ]
Brice🩶— Tá namorando e não me contou nada?!
[ 11:22am ]
Brice🩶 — LUÍZA TAYLOR COLLINS!
[ 11:22am ]
Brice 🩶— Ô filha de uma rainha, ME RESPONDE!
[ 11:22am ]

Rio lendo as mensagens pela barra de notificação, posso ver o garoto em minha frente me olhar de esguelha e revirar os olhos. Nem parece o garoto de mais cedo.

Isso é totalmente estranho!

Entro nas mensagens e respondo para Bryce que quando chegar em casa eu ligarei para ele contando todos os detalhes. Procuro pelas últimas notícias e já aparecem várias fotos minhas de mãos dadas com o idiota da minha frente.

" Luíza Collins, filha de Andrew Collins, é vista de mãos dadas com o Cameron Adams, o garoto problemático mais famoso de Los Angeles. Será que está rolando um novo casal? Será que finalmente o garoto deixou a vida de cafajeste de lado e está em um relacionamento? "

Acabei soltando outra risada pela forma que eles disseram sobre Cameron. Deixo o celular na bolsa novamente, e encaro o local do lada de fora, vendo um paparazzi disfarçando ao ser pego no flagra. Sorrio e aceno pra ele.

— O que 'tá fazendo? — o idiota pergunta quando viu o que eu estava fazendo.

— Oras, estou acenando para parecer simpática — sorrio pra ele.

— Você é muito idiota — diz como se me atingisse. O olho de maneira fuzilante.

— idiota é você que em vez de trabalhar para conseguir o próprio dinheiro, decidiu aceitar um contrato de casamento — sorrio, falando baixo e me inclinando um pouco par evitar que algum paparazzi dentro do local ouça.

— Sua... — mexe os lábios mas o garçom nos servindo, o interrompe.

Agradeço e começo a comer com o olhar perfurante do garoto sobre mim.

Depois do almoço, saímos do restaurante com os braços entrelaçados. Cameron a todo momento de olho sobre o aparelho em suas mãos, enquanto eu apenas observo e faço nosso caminho.

Avisto uma loja de tecidos e abro um sorriso. Puxo o garoto naquela direção e o mesmo não parece ligar já que não prestara atenção. Ao adentrarmos a o local, uma mulher nos recepciona.

— Olá, boa tarde — sorri simpática — Como posso ajudá-los?

— Boa tarde — cumprimento da mesma maneira — Eu quero saber sobre algumas cores de cetim.

— Ah, claro. Me acompanhem por favor — ela pede, saindo na frente.

Largo o braço de Cameron e a sigo. Vimos várias cores diferentes de cetim, e alguns outros tecidos. Acabo escolhendo alguns metros de cinco tecidos diferentes.

Fomos ao caixa e paguei pelas minhas compras. Agradeço e coloco as sacolas em meus braços, antes de sair da loja não encontrando o idiota.

Dou de ombros mudando meus passos para a praça de alimentação onde faço meu pedido em uma sorveteria e aguardo no local.

Pego meu telefone vendo o mesmo tocar indicando uma ligação.

— Alô?

— Onde você está? — a voz de Cameron soa pelo aparelho.

— Eu que lhe faço essa pergunta — sorrio para o atendente — obrigada!

— Isso não te interessa, eu quero saber onde você está — repete com grosseria.

— Isso também não te interessa — respondo, antes de desligar.

Quem ele pensa que é para falar dessa maneira comigo?

Balanço a cabeça em negação, guardando o aparelho e tomando meu milk-shake. Pego minhas coisas e dessa vez vou em direção a saída do shopping onde peço um táxi e vou para casa.

O dia foi extremamente cansativo. Principalmente por aguentar aquele garoto mesquinho.

Adentro a caixa metálica e aperto o botão do andar onde moro. Quando as portas se abrem, eu saio e caminho até a porta do apartamento e a abro.

Vejo tudo silencioso, mesmo assim adentro o local. Quando estou subindo as escadas uma voz me interrompe.

- Onde estava? - voz de Andrew soa pela sala.

- Onde mais eu estaria? - devolvo, sabendo que o mesmo sabe onde eu estava.

- Cameron me ligou e disse que você não estava com ele - me viro percebendo sua expressão séria.

- Ah, claro que ligou - reviro os olhos - Para a sua informação, nós fomos a uma loja, mas ele não me acompanhou. Quando eu saí ele não estava por lá, então vim embora.

- Por que não disse a ele onde estava para saírem juntos?

- Porquê eu não quis. Com licença - digo antes de continuar o caminho.

Tranco a porta de meu quarto e deixo minhas compras no canto da escrivaninha antes de ir tomar um banho.

Logo após me visto com um pijama confortável e pego meu telefone na bolsa me jogando na cama, ligando para Bryce.

- Luíza Taylor Collins, pode começar a contar sobre esse burburinho com o garoto problemático - é a primeira coisa dita por ele ao atender a ligação.

- Oi Bryce, tô bem e você? Que bom, eu também estou - ironizo minha fala escutando ele bufar.

- diz logo, coelha - ele me apressa.

Começo a lhe contar tudo. Sem ocultar nada. Eu e Bryce nos conhecemos desde novos, sempre fomos muito grudados e não escondemos nada um do outro. Fomos criados como irmãos.

Meu pai não gosta dele, mas isso eu não deixo ele fazer nada contra meu amigo. Andrew é extremamente problemático,  quer mandar em tudo que faço. Mas minha amizades eu não permito.

- MENTIRA! - ele diz, lê-se grita, gargalhando pelo outro lado.

- Verdade - me deito de costas.

- Vou ser padrinho, né? - pergunta curioso me tirando uma risada.

- quer mesmo ser padrinho de um casamento falso? - pergunto puxando um travesseiro o abraçando.

- Sendo falso ou não, quero ser seu padrinho de casamento - diz e faço biquinho, mesmo que ele não possa ver.

- Ah, que bonitinho gente - faço voz fofa, soltando um gritinho.

- Larga de palhaçada - diz forçando a voz, o que, sinceramente não foi legal.

E ficamos alí por mais algum tempo, até eu escutar batidas em minha porta. Me despeço do mesmo e me levanto indo abrir a porta para mamãe.

- Como foi com o Cameron? - ela pergunta fechando a porta, e se deitando ao meu lado.

- No começo foi uma merda, e no final parecia que estava no começo - revelo encostando minha cabeça em seu peito, escutando sua risada.

- Espere só um pouco, querida. Mamãe vai dar um jeito para que você consiga fazer sua faculdade,  um lugar para morar e longe daqui - diz beijando minha testa.

- quer se livrar de mim, Dona Sophie? - pergunto brincando.

- Aí, Lulu - ela ri, acariciando meu cabelo.

- Não respondeu minha pergunta, mãe!

Sophie ri beijando minha testa e acariciando meu cabelo. Conversamos mais um pouco antes da mesma beijar minha testa, me cobrir e sair do quarto apagandobas luzes.

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03/12/2023
(Dia de chorar)

- 50 dias...

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