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Luíza Collins

Algumas semanas se passaram e chegou o dia do meu casamento. Passou rápido e inesperado, na minha cabeça seria em meses, não semanas. Andrew fez questão de adiantar.

Sinto a costureira apertar meu vestido, fazendo que ele fique totalmente ajustável em meu corpo. Levanto minha cabeça e encaro meu reflexo, estou com meu vestido de noiva, maquiagem perfeita e o cabelo preso perfeitamente.

Meu olhos se lacrimejam mas não deixo nenhuma lágrima cair pois borraria a maquiagem e eu teria que ficar mais algumas horas sentanda na cadeira.

Mamãe dispensa a mulher se colocando atrás de mim. Ela me abraça fortemente e eu fecho os olhos.

Não encontrei o Cameron muitas vezes durante este tempo. Vi em alguns sites que ele foi visto em algumas baladas da cidade, colocaram meu nome no meio e estavam dizendo que ele estava me traindo.

Nem me casei e já fui corna.

Rio com meus pensamentos e abro os olhos os focando em mamãe.

— Desculpa coelhinha, eu não consegui... — a interrompo, pois sei que a mesma está se sentindo culpada por algo que não fez.

— Não se preocupe, mamãe — me viro para ela, segurando seu rosto entre minhas mãos — Não foi culpa sua.

— Mas...

— Mamãe, por favor. Não foi culpa sua — repito, esboçando um sorriso para tranquiliza-la. — Eu vou encarar esse próximo ano. Eu vou aguentar, caso contrário, você vai ter que me visitar na cadeia pois eu vou ter dado um jeito naquele garoto.

— Você é igualzinha à mim — balança a cabeça em negação com um sorriso.

— Ainda bem pois se eu parecesse o Andrew você estaria ferrada — caminho até os saltos os calçando.

— Deus me livre — diz me fazendo rir.

•°•°•

O desespero me consome, meu primeiro beijo vai ser com um garoto que eu não conheço e ainda por cima sendo obrigada.

Vejo um sorriso aparecer no rosto de Cameron e ele se aproxima, sua mão vai para meu rosto e segura os dois lados da minha boca. Sua boca se aproxima da minha e junta nossos lábios somente em um selinho. Tento manter a postura pois nos quatro cantos da igreja tem fotógrafos registrando todo o momento.

Quando nos separamos, sua cabeça vai para o meu pescoço e ele sussurra em meu ouvido:

— Tire essa cara de sonsa e coloque um sorriso.

Olho para seu rosto e forço um sorriso, entrelaço nossos braços e nos viramos ouvindo os convidados que para mim são desconhecidos, batendo palmas.

Ao sairmos da igreja a tradicional chuva de arroz aconteceu até entramos no carro.

— Que merda — Cameron resmunga passando a mão no cabelo fazendo alguns grãos de arroz caírem.

Reviro os olhos sentindo o carro se movimentar para o salão de festas.

•°•°•

— Vem — Bryce tenta me por de pé.

— Não — resmungo emburrada, não querendo me levantar.

— Por favor, Luh — ele faz um biquinho que sabe que eu não resisto.

— Tudo bem — suspiro me levantando vendo um sorriso ser estampado em seu rosto.

Bryce me leva até a pista de dança e começa a balançar meus braços fazendo meu corpo se movimentar, me tirando risadas. Dancei outras músicas com o loiro, me sentindo mais leve e descontraída.

Mas, algum ser humano diz que está na hora da valsa dos noivos. Automaticamente meu sorriso some ao ver o garoto caminhando até mim com uma cara de quem chupou limão.

Reviro os olhos discretamente quando meu amigo piscou um de seus olhos e mandou um beijo no ar antes de sair.

Sinto a mão dele em minha cintura e a outra segura minha mão. Posiciono a minha sobre seu ombro e a melodia começa a tocar. Cameron aproxima nossos corpos me deixando com a cabeca proxima ao seu peito, e eu sigo seu ritmo com nossos corpos balançando lentamente de um lado para o outro.

Quando a música acabou, ele beijou minha bochecha e fiz uma careta de leve sendo acompanhada por ele até Bryce.

— Eu não aguento mais — resmungo me sentando.

— Luh... — Bryce diz baixo se sentando ao meu lado.

— Esses não eram meus planos, Mike. Eu queria estar em New York, cursando moda para tornar meu sonho realidade. Mas olha onde eu estou, em um casamento falso para que meu pai se saia bem. Eu vou gastar meu tempo, não irei conseguir o que eu quero e quem sairá ganhando com isso tudo é meu pai. — minha voz começa a embargar e meus olhos embaçam.

— Sinto muito, Tay — seus braços me acolhem e um beijo é depositado em minha testa — Eu faria qualquer coisa para te ajudar, mas no momento não posso fazer nada. Eu me sinto tão imprestável.

— Não diga isso, você é a melhor pessoa que existe. Não é sempre que conseguimos fazer o que queremos para ajudar, você já fez isso muitas vezes, chegou a hora de eu aguentar pelo menos uma vez — beijo sua bochecha e descanso minha cabeça em seu peito novamente.

°•°•

Espero q gostem!♡

semana q vem agr, ate mais!!!

Vic♡
25/01/2024

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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