DRIZZLE 💗 JIKOOK ABO

💗 01 || THE BEGINNING 💗

Olá, meus amores!

Depois de muito tempo, aqui estou. Aos que ainda não entenderam a razão de tamanha demora, eu trabalho fora e faço faculdade, a rotina não é tão leve durante o semestre. Aos que me esperaram com paciência, muito obrigada por seu apoio.

Sem mais enrolação, aqui está mais um capítulo dessa obra maravilhosa. Por favor, não esqueçam de curtir e comentar bastante, sinto falta do ponto de vista de vocês.

Tenham uma ótima leitura. ❤

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“Hoje em dia quando tenho pesadelos, já não grito mais por socorro. Prefiro continuar por lá. A realidade me assusta bem mais.”

~ Cristiane Alves

💗 JIMIN 💗

     Dizem que o sol surge após a tempestade, mas desde sempre tenho a percepção de que em minha vida jamais verei um dia ensolarado. Ser um ômega em uma sociedade dominada por alfas é uma tortura diária, há um grande esforço para fazer valer a nossa voz, e ainda sim alguns idiotas tendem a usar o tal domínio dado a eles por natureza.

     O que tenho em mim não é um mar revolto, é apenas a natureza de um lobo cansado das explorações e desejando ter de volta o mínimo controle daquilo que alguns chamam de vida. Todo dia é uma luta, esforço necessário para não sucumbir às ordens daqueles que nos enxergam como matriz de reprodução.

     Traumas? Tenho eles como parte de mim. Já não vejo esperança de me livrar destas feridas que são relembradas e reviradas constantemente. A sociedade é o gatilho, aproveita falhas para manipular e amplia as dores em prol de um progresso sem fim ao qual dificilmente poderão usufruir.

     Amor? Nunca senti, embora amasse incondicionalmente os meus pais, passei a perceber que esse sentimento não era recíproco por parte deles. E quanto a amar a mim mesmo, essa é mais uma enganação que permito sair da boca para fora, porque em minha mente o cenário é totalmente oposto a isso.

     E como qualquer outro capítulo de minha vida, não poderia ser diferente. As coisas apertaram nos últimos meses, afinal meus pais cortaram qualquer ajuda financeira para me manter em Seul, e TaeHyung assumiu sem pensar duas vezes as despesas por um tempo.

     Me senti desconfortável por um tempo, cheguei a trabalhar temporariamente em alguns lugares, mesmo me sentindo mal com as coisas que fui obrigado a ouvir. Não permiti que meu amigo presenciasse minhas crises, talvez muitos vejam como um ato de egoísmo, mas não deixei que meus problemas afetassem seu desempenho no colégio.

     No entanto, estávamos indo verificar uma vaga de emprego em meio período quando tudo aconteceu. O chão desabou sobre nossos pés, e ao vê-lo desacordado sobre aquele asfalto frio e molhado, pela primeira vez me veio um medo imenso de perder alguém.

     TaeHyung sempre me considerou mais que meu próprio irmão, fui acolhido por sua família e senti mais amor deles do que de meus progenitores. Ainda mantenho contato com meus pais, em ligações raras, que na maioria das vezes terminam com insultos e mais dias afastado.

      Foi assustador, e me acalmar só foi possível quando me permiti engolir o orgulho e procurar pelo doutor Jeon após tê-lo insultado no corredor do hospital. Diferente dos alfas com que estou acostumado a conviver, ele não me rotulou ou expressou superioridade quando lhe pedi desculpas.

     Com paciência e profissionalismo, ele me guiou até o quarto em que TaeHyung estava, obviamente após o casal que o visitava ir embora. Doutor Jeon fez questão de me explicar cada ponto do prontuário médico, assim como o tratamento que meu amigo deverá seguir por um tempo.