💗 07 || IN FAMILY 💗

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Boa Leitura!

“Se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado.”

~ Caio Fernando Abreu

💗 JUNGKOOK 💗

     Tenho consciência de que o fiz esperar muito, mas ensinei a Jimin que um relacionamento não precisa ser pautado em sexo. A vida vai muito além disso, desde respeito, compreensão, e entender melhor a razão pela qual a pessoa recorre a esse ato.

     Não é errado responder a desejos do corpo, mas não se deve usar isso como válvula de escape para estresse ou solucionar outras questões. Em minha mentalidade, nossa primeira vez não demorou para acontecer, ela foi concebida no momento certo para nós dois.

     E no meio da madrugada, depois de mais um momento protagonizado por nós dois, além de uma conversa bem sincera onde Jimin confessou que veio para o ataque, ambos adormecemos como anjinhos. Pela primeira vez em anos minha noite se tornou mais leve, como se tivesse tirado de sobre meus ombros o peso da procura pela pessoa certa.

     O irônico foi entender que Jimin só apareceu depois que eu cansei de procurar por minha outra metade, e ele veio diretamente a mim. Como uma pequena tempestade, repleto de sentimentos e uma revolta justificada pela vivência, e que por sinal precisou apenas de um toque de amor para se tornar brisa de verão.

     Meu garoto não é um ômega a quem enquadra o título de santo, mas parte de sua inocência foi arrancada à força na medida em que ele foi envelhecendo. Jimin não se perdeu por que quis, foi forçado pelas inúmeras decepções e não enxergava seu verdadeiro valor.

     Depois de uma noite mágica entre nós dois, fui presenteado com sua imagem fofa logo pela manhã. Jimin estava adormecido, com seu rostinho inchado e lábios vermelhinhos. O cabelo levemente bagunçado, assim como suas mãozinhas apoiadas em meu abdômen.

     Queria ficar a manhã inteira curtindo a cama ao lado dele, porém ouvi meu celular vibrando sobre a mesa de cabeceira, e para não o despertar, precisei me arrastar para fora da cama e sair do quarto para atender. Se fosse qualquer outra pessoa, eu jamais iria interromper o momento, mas se tratava do meu pai, o ser que facilmente invadiria meu apartamento se fosse ignorado.

     – Oi, pai.

     – Ah, finalmente. Namjoon, ele está vivo. – ouvi quando ele disse do outro lado, demonstrando certo drama após inúmeras mensagens ignoradas. – Você não estava respondendo, e a última vez que esteve online foi ontem no início da noite. Ficamos preocupados.

     – Eu estava ocupado, pai. – murmurei, seguindo até a cozinha para buscar um pouco de água.

     – Plantão? – o ômega mais velho questionou. – Seu pai havia dito que você estaria de folga esse final de semana.

     – Eu estava ocupado com outro departamento, senhor Kim. – sussurrei, ouvindo um breve barulho vindo do quarto. – Seu filho não é mais um adolescente.

     – Eu já entendi. – respondeu, me fazendo mentalizar sua imagem revirando os olhos pela informação desnecessária. – Fico feliz em saber que vocês estão bem.

     – Ele é perfeito, pai. – respondi, como um verdadeiro idiota apaixonado. – Aconteceu tão naturalmente, havia me esquecido de como é essa sensação.

     – Minha nossa. Está falando como um idiota apaixonado. – ouvi sua risada do outro lado da linha. – Eu disse para Jimin usar a coleira com moderação, acho que ele te estrangulou com ela.

DRIZZLE 💗 JIKOOK ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora