The children of fire: Uma história antes de Westeros

O início

Se torne parte de mim, para que eu me torne parte do mundo. Se torne carne, não de qualquer carne, seja sangue do meu sangue. Que ouça canto, mas não qualquer canto, que ecoe apenas a minha voz dando sentido ao batimento do seu coração. Que sua pele seja minha armadura. Seu fogo minha casa. Suas garras minha segurança. E sua vida a minha vida. Em laço eterno te crio, te ofereço. Sangue. Para que nasça da minha oferta para sempre eterna.

Não havia mais dúvidas para os membros da corte, a passagem da criação descrita pela princesa Visenya em uma de suas conversas com o príncipe Daemon Targaryen, foi um ponto que para ele encerrou a discussão quanto a origem verdadeira de seus dragões. Marron Belaerys despertara o ovo petrificado que a garota recebeu de seus pais na partida de Westeros como uma antiga cantiga valiriana, trazida a esse mundo pelas mãos de uma figura sem nome, apenas mencionado como "Mãos vermelhas" pelo Belaerys, acontece que os Targaryens em poucas obras trazidas da Antiga Valyria trouxeram consigo textos que mencionam uma figura mística que algumas crianças da região afirmam terem visto saírem de dentro da própria montanha antes mesmo de ser avistado perambulando pelas redondezas da cidade. É mencionado como "O homem vermelho" o que pode ser um indicativo de que tanto os Targaryens quanto os Belaerys possuem conhecimento sobre a notoriedade da mesma pessoa.

"Eu estava pastorando como fazia todas as manhãs, aquele dia era atípico demorou mais que o normal para que o sol se revelasse no céu. Meus ossos doíam, o que para mim sempre significava um presságio de chuva. Mas não naquele dia, senhor. O nosso vilarejo é pequeno, todos se conhecem, ficamos afastados das grandes famílias, só vamos para as áreas povoas quando vamos vender nossa lã. Ninguém do vilarejo caminha na estrada de pedra passando da árvore demarcada, é para isso que serve a marcação, para sinalizar que não se deve continuar. Eu cresci ouvindo isso dos meus pais, para não ir lá naquele lugar, os Deuses não gostam de serem perturbados. Meu irmão já havia ido até um pouco depois do lugar seguro e ele me jurou que ouviu uma voz saindo da montanha e chamando por ele. E então, naquela manhã as ovelhas estavam agitadas e uma fugiu, eu corri para alcançar a fugitiva e quanto finalmente eu alcancei, não é como se eu pudesse deixar uma de minhas ovelhas escapar, eu tive que ir atrás dela. Paramos apenas alguns passos daquele carvalho velho, e eu com meus próprios olhos, não estou mentindo para o senhor, eu o vi sair de dentro da caverna. Vestindo a mesma capa vermelha que nesse desenho, uma figura horrenda, se dentro das montanhas é mesmo o lar dos Deuses, eu não consigo dizer qual é este que está aqui no nosso mundo. Ele não é grandioso, magnífico como o nosso Balerion ou Syrax, ele é uma criatura que deveria ficar escondida naquela caverna...."

Essa breve passagem sobre as primeiras impressões do homem mencionado anteriormente por ambas as famílias, foi tirado do diário de um senhor chamado Jhyn Henyar, ele procurava pela figura mística na época, como muitas outras casas fizeram.