Diga o meu nome - SASUSAKU

Princesa

"Bob o construtor quebrou meu coração. Ele me disse que eu preciso de conserto (...)"

- Build of Bitch, Bella Poarch

— Você está deslumbrante, querida — ouvi meu pai elogiar ao meu lado e sorri gentilmente em resposta àquela declaração.

Eu realmente estava bonita, embora me sentisse como uma boneca Barbie naquele vestido rosa bebê. O tecido liso era suave, com mangas longas e uma gola alta que roçava irritantemente a pele do meu pescoço. Não havia nenhum detalhe além de algumas pérolas ao redor da minha cintura, de onde a saia se soltava volumosa como nos vestidos de princesa.

— Escolhi esse arranjo de cabelo para o seu penteado — Chiyo disse, aproximando-se com um adorno dourado na palma da mão.

Franzi o cenho, demonstrando meu descontentamento com a escolha. Apesar da elegância da peça em meu corpo, ela se enquadrava perfeitamente na categoria básica que eu tinha em mente, significando que meus sapatos, joias e arranjos de cabelo deveriam ser um pouco mais chamativos. Além disso, o dourado do arranjo se misturaria com a tonalidade loira do meu cabelo.

— Acho que preferiria algo mais brilhante — disse, de maneira gentil à avó do meu noivo. — Há uma bela presilha de esmeraldas na minha gaveta de joias. Eu queria usá-la.

— Não, não, querida! — Chiyo respondeu imediatamente, balançando a cabeça. — Este com certeza combinará melhor com o seu penteado. Será muito mais discreto.

— Mas... — tentei argumentar, porém, a mão do meu pai sobre o meu ombro me silenciou.

— Concordo plenamente com a senhora Chiyo. Este arranjo será mais adequado. Afinal, estamos indo para um baile, não para um desfile — ele disse, sorrindo em seguida, com um eufemismo barato cobrindo sua insatisfação em relação à minha antiga profissão.

Desde os dezesseis anos, desfilei em passarelas por todo o país e, por um curto período, pelo mundo. Durante seis anos, fui modelo com um futuro promissor pela frente. Conhecida como Cherry Blossom das passarelas, devido à cor rosa pastel que tingia meus cabelos naquela época, alcancei grande sucesso, desfilando para marcas renomadas como a Victoria's Secret.

No entanto, quando Sasori me pediu em casamento cerca de um ano atrás, minha aposentadoria foi antecipada, encerrando abruptamente minha carreira. Segundo meu pai, era hora de assumir as responsabilidades e o respeito dentro de um matrimônio.

— Tudo bem, vocês têm razão — murmurei, forçando um sorriso enquanto Chiyo ajustava o adorno dourado em torno do coque perfeito no meu cabelo.

— Ficou bonito, mas a presilha de esmeraldas com certeza ficaria melhor — encarei Sasori através do espelho. Ele estava parado à porta do meu quarto.

Quando Chiyo terminou, eu caminhei em direção ao meu noivo elegantemente vestido em um terno azul-marinho. Sasori fez uma leve mesura, o cabelo ruivo permaneceu no lugar, graças à quantidade generosa de gel.

— Você está elegante, senhor Akasuna — comentei quando ele pegou minha mão e depositou um beijo suave no dorso.

— Não tanto quanto você, futura senhora Akasuna — ele respondeu, me olhando apaixonadamente de cima a baixo.

Sasori era o diretor executivo da empresa onde meu pai, Kizashi, era o presidente. Dada a proximidade entre eles e a frequência com que nos encontrávamos, o início de um relacionamento foi praticamente inevitável. Além disso, a gentileza de Sasori, aliada ao seu cavalheirismo excepcional, foi uma das razões pelas quais me apaixonei por ele.