Diga o meu nome - SASUSAKU

Diga o meu nome

"Diga o meu nome. Se você me ama, me deixe te ouvir"

- Say my Name, David Guetta (feat. Bebe Rexha & J Balvin)

Sentada sobre o mesmo sofá que eu havia passado os últimos três meses na sala de Sasuke, eu lia calmamente um livro entediante sobre gestão de empresas quando a porta foi aberta de repente e por ela passaram Sasuke e Karin.

— Hoje foi realmente cansativo... definitivamente preciso de férias — Karin disse ao ocupar a poltrona vazia ao meu lado. Sasuke se jogou no sofá o qual eu estava sentada, apoiando a cabeça sobre as minhas pernas.

— Hoje foi a última reunião, então estaremos livres no fim de semana — ele informou ao pegar uma das minhas mãos entre as folhas do livro e levar para o topo da própria cabeça, num pedido para que eu acariciasse ali.

— Thanks God! — Karin levantou as mãos para o alto. — Fico feliz que não terei que lidar com papeladas ao mesmo tempo que lido com a minha ressaca no domingo.

A declaração fez eu levantar os olhos do livro e encara-la.

— Você vai sair sábado à noite? — perguntei, presumindo que sua ressaca de domingo seria decorrente da noite anterior.

— É o aniversário de casamento dos pais de Sasuke... — Karin começou, mas um pigarreio de advertência ecoou da pessoa sobre as minhas pernas. Ela piscou algumas vezes e depois franziu o cenho ao perguntar: — Espera... você não vai?

Sorri desconcertada.

— Eu nem sabia sobre o aniversário — respondi e os olhos de Karin desviaram para Sasuke, incrédulos.

— Você não contou pra ela?!

Sasuke respirou fundo, balançando a cabeça de um lado para o outro, sem olhar para o rosto de Karin.

— Por que não? Será apenas a família.

— Porque eu... — ele hesitou. — não tinha intenção de convida-la — a resposta soou indiferente, mas a expressão dele entregava uma mentira barata.

Karin apertou os lábios em uma linha fina e me encarou totalmente desconcertada. Ela levantou e bufou, olhando para cantos aleatórios da sala, e disse:

— Bom... puff... eu acho que vou checar a papelada da minha sala, com licença.

Quando Karin fechou a porta, se livrando daquela atmosfera tensa e estranha que havia ao nosso redor, eu voltei minhas duas mãos para o livro e continuei minha leitura. Após alguns minutos em silêncio, Sasuke disse calmamente:

— Esse é o momento que você me questiona sobre eu não a ter convidado para o aniversário de casamento dos meus pais.

Eu repuxei o canto da boca.

— Na verdade, esse é o momento que você se justifica por não ter me convidado — disse sem tirar os olhos da folha entre meus dedos. — Quer saber, não importa. Você deve ter tido suas razões. — meu tom soou tão indiferente quanto o de Sasuke, mas, assim como ele, minha expressão entregava minha mentira. Afinal, eu havia ficado chateada.

Sasuke levantou, retirando o livro das minhas mãos no processo.

— Meus pais moram em outra cidade, em uma linda fazenda de lavanda — ele disse, folheando o livro com desinteresse. — O que significa que precisamos ficar três horas em um carro para chegarmos lá, assim como teremos que dormir por lá também. E presumo que o desprezível do seu noivo e seu querido papai não vão deixar você viajar para lá... comigo. — Sasuke finalmente me encarou.