Complicada situação

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"Na minha cabeça nós nos pertencemos e eu não consigo dormir mais. Por que não consigo encontrar ninguém como você?"

- Streets, Doja Cat.


Sasuke tinha dito que seria fácil para eu aprender algo tão simples como dirigir, já que eu havia aprendido algo tão complicado como gerenciamento. Certamente, a teoria sobre direção era extremamente fácil, mas a prática era algo que meu cérebro simplesmente não conseguia assimilar no início das minhas aulas, o que levou algumas semanas para que eu — segundo as palavras de Sasuke — não fosse um perigo no tráfego urbano.

— Você bateu numa lata de lixo?! — Naruto perguntou em meio às próprias gargalhadas, sendo acompanhado por Karin e Hinata.

— Bateu, e isso me custou um para-choque — Sasuke disse, rindo da mesma forma zombeteira que o amigo.

Estávamos os cinco na Flying Fox, que se tornara o local onde nos reuníamos algumas vezes na semana.

— Em minha defesa, a lata de lixo estava no meio da rua — disse com falsa chateação, sendo o motivo do divertimento do grupo.

— Não se preocupe, Sakura, é normal algo desse tipo acontecer. Quando eu estava aprendendo a dirigir, invadi a sala de estar da minha casa — Karin riu antes de tomar o suco em seu copo.

Ah! Eu lembro disso! Sua mãe ficou irada! — Naruto disse, gargalhando mais uma vez com a lembrança.

— Se eu fizesse algo desse tipo, meu pai me mataria — Hinata comentou, arregalando os olhos brevemente como se tivesse pensado nessa situação hipotética.

— Mas afinal, nossa Cherry Blossom já está apta a dirigir por aí sem destruir latas de lixo? — Naruto perguntou a Sasuke, que sorriu.

— É claro que está, afinal ela teve um excelente professor — ele respondeu, me encarando com aquele sorriso convencido nos lábios.

— Sua modéstia é realmente tocante — rebati calmamente ao olhar o horário na tela do meu celular. Quando vi que estava próximo das cinco da tarde, eu me levantei. — Bom, eu tenho um lugar para ir agora, então estou indo.

— Você quer que eu fique com você amanhã? — Hinata perguntou da forma mais baixa possível, mas quando todos me olharam com aquela curiosidade evidente, percebi que não havia sido baixo o suficiente.

— Prefiro ficar sozinha — respondi naturalmente, forçando um sorriso. — Até semana que vem, bye bye. — fiz um aceno para todos e não esperei uma resposta antes de começar a caminhar em direção a saída.

O tempo que passei na calçada procurando meu celular foi suficiente para Sasuke vir até mim. Repuxei o lábio ao encará-lo por cima do ombro. Eu parecia um ímã que sempre o atraía para qualquer lugar que fosse.

— O que você está fazendo aqui? — já havia perdido a conta de quantas vezes eu já havia feito essa pergunta.

— Vou te dar uma carona — Sasuke respondeu, pegando um cigarro e o isqueiro de dentro do bolso do paletó cinza.

Por quê?

— Porque você não tem um carro.

— Eu poderia pegar um táxi — tomei o cigarro da mão dele mão quando Sasuke fez menção de acendê-lo. Odiava o fato dele fumar, embora gostasse do cheiro de nicotina misturado ao seu perfume masculino.

— Pra quê pegar um táxi, se eu posso levar você? — Sasuke rebateu, já seguindo para o carro estacionado do outro lado da rua.

— Por que não admite que é obcecado por mim? — perguntei quando o segui até o carro.

Diga o meu nome - SASUSAKU Onde histórias criam vida. Descubra agora