𝟎𝟔. 🇧🇷𝐆𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐧𝐞𝐥𝐥𝐢

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tema: discussão + fugindo de casa

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tema: discussão + fugindo de casa

pedido de ana_cristinaaa espero que goste, flor!

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Autora point of view

― Feliz dia dos papais, nós te amamos muito ― o coral da escolinha diz.

Assim como todas as crianças, a pequena buscava seu pai na plateia. Ela ao menos torcia para que Gabriel tivesse filmado, afinal tinha prometido para a avó que levaria para ela ver quando fossem ao Brasil.

Um sorriso surgiu nos lábios dela ao ver a família de Paquetá na plateia, provavelmente seu pai estaria com eles. Então a garotinha correu na direção deles, o jogador e a esposa sorriram a cumprimentaram com um abraço.

― Oi, tios ― a pequena sorriu.

― Olá, pequena. Você se apresentou muito bem ― Duda disse animada.

― Espero que meu papai tenha filmado tudo ― a menina disse empolgada ― Vocês viram ele por ai?

― Não ― Lucas sorriu sem graça ― Mas ele pode ter ido ao banheiro.

― Espero que sim ― a garotinha sorriu fraco.

― Eu filmei toda a sua apresentação ― Duda disse tentando aliviar o clima ― Você quer ver?

A garotinha assentiu, então viu toda a apresentação. Ao menos conseguiria mostrar para a avó quando fosse vista-la.

― Pode me enviar, tia? ― a esposa de Lucas assentiu ― Quero mostrar para a minha avó.

― Lógico que sim ― Duda sorriu.

― O Pipo dormiu, podemos te deixar em casa ― Lucas disse e a garotinha olhou incerta.

― Mas e o meu papai? Ele pode estar me procurando pela plateia ― Lucas e Duda se entreolharam ― Ele veio, não é?

― Pequena, eu não vi seu pai ― Lucas abaixou na altura dela ― Vamos dar uma olhada pela plateia e pelo pátio para ver se ele está aqui, tudo bem?

A garotinha assentiu e correu para procurar o pai pelo pátio. Conforme o tempo ia passando, sua esperança ia sumindo. A ideia de Gabriel não ter ido vê-la atormentou a cabeça dela.

A menina de apenas sete anos tinha que lidar com mais essa ausência. Gabriel não era um pai muito presente, ele raramente passava tempo com a filha. Mas ele havia prometido que iria na apresentação dela.

Lágrimas escorreram pelo rosto da pequenina, ela nem percebeu quando Lucas se aproximou e pegou a mão dela fazendo um carinho.

― Ele não gosta de mim, tio ― mais lágrimas caiam.

― Ele te ama, pequena. As vezes houve um imprevisto e ele não conseguiu vir.

― Qualquer coisa é mais importante que eu ― a garotinha suspirou ― Ele nem precisa de imprevisto, ele só não se importa comigo.

― Não é bem assim.

― É sim ― a garotinha levantou do banquinho ― Você pode me levar, por favor.

― Claro.

O semblante de Lucas denunciava a preocupação dele com o estado da garotinha. Ele teria uma conversa séria com Gabriel sobre isso.

O trajeto até a casa da garota foi feito em silêncio, era possível notar as lágrimas caindo e molhando o rostinho dela. Assim que o carro estacionou, ela viu o carro de Gabriel na porta.

― Obrigado, tio ― a garotinha saiu do carro.

Sem nem esperar uma resposta, ela entrou e passou correndo pela sala. Assim que ela entrou no quarto, seu choro veio com força. Os soluços ecoavam pelo ambiente.

O telefone tocou e passos apressados dominaram o corredor. Gabriel abriu a porta e entregou para a filha.

― É sua avó ― ele nem percebeu como estava sua filha.

― Oi vovó ― ela olhou para Gabriel.

― Vou deixar você conversando ― ele saiu do quarto.

A garotinha conversou com a avó, era notório o quanto ela sentia saudades. O clima com Gabriel era insuportável, seu pai não a tratava como filha.

A ligação foi encerrada, então a garotinha foi até seu armário e pegou uma mochila. Um suspiro saiu dos seus lábios, assim que ela arrumou tudo, ela desceu para sala. Se saísse agora mesmo, seu pai nem notaria.

― Como está a sua avó? ― Gabriel perguntou.

― Bem ― a garotinha deu de ombros.

― Você veio da escola como?

― O tio Lucas me trouxe ― Gabriel assentiu ― Você não foi na minha apresentação, né.

― Eu acabei esquecendo.

― Sim, assim como você esquece que tem filha ― a garotinha suspirou.

― Isso não é verdade ― ele engoliu em seco.

― É sim ― lágrimas se formaram ― Você não se importa comigo, papai. Seus amigos me tratam como filha, enquanto você ignora que eu existo.

― Não fala assim ― Gabriel olhou indignado ― Vai pro teu quarto.

― Não vou, eu te odeio ― a garotinha gritou ― Eu te odeio.

Como um furacão ela saiu de casa, os pensamentos do jogador ficaram atordoados com tudo que tinha acontecido. Demorou alguns minutos para ele entender que sua filha tinha saído de casa tarde da noite.

Gabriel correu pelo condômino atrás da pequena, tinha que assumir que não estava fazendo um bom trabalho como pai. Ele amava sua filha, mas não conseguiu demonstrar isso e a relação acabou se tornando distante.

A preocupação apertava o coração do jogador, ele havia gritado por todos os cantos e nada de sua filha. Até que um barulho de choro chamou sua atenção; era a pequena encolhida.

― Filha... ― ele tentou se aproximar.

― Por que você não gosta de mim? ― a garotinha questionou chorosa.

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notas da autora:

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notas da autora:

antes que me acusem, eu apenas segui o pedido. estava com saudades de atualizar o imagine de filhas, mas vez ou outra eu penso em por um fim nele. ele acaba ficando em quarto plano.

eu quero tentar mantê-lo, vamos ver como ele vai fluindo. espero que tenham gostado, amorinhas.

𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃𝐑𝐄𝐍 𝐎𝐅 𝐀𝐓𝐇𝐋𝐄𝐓𝐄𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora