III - Dialogar.

106 8 2
                                    

Capítulo 3 — Dialogar.

— Você é louca! — foi a primeira coisa que a Hanagaki ouviu depois de ser retirada da arena por seus amigos. Quem disse aquilo foi Akkun.

— Mas aquilo foi legal demais, Takemichi! — Yamagishi exclamou, com Makoto ao seu lado no mesmo estado de excitação feliz.

— Maluco, eu cheguei até a ficar emocionado!

— Primeiro provoca o Kiyomasa, depois desafia ele e luta quase até a morte e enfim, fala daquele jeito com o comandante da Toman! — Yamagishi enumerou antes de seus olhos brilharem para a menina, que fez cara de confusão para aquela repentina mudança — Você é incrível!

— Conseguiu chamar a atenção do Mikey! — Makoto gesticulava — Com certeza ele gamou em você assim que te viu. 

— Devem ter sido seus peitões. — Yamagishi completou.

Os dois cruzaram os braços e assentiram em união, concordando um com o outro enquanto Takuya lhes encarava horrorizado. Como poderiam falar aquilo na frente de uma garota?! Akkun deu um tapa em sua própria testa, sem acreditar no que havia ouvido, aqueles dois não sabiam a gravidade daquela situação e ainda falavam daquele modo descabido?

— Não… Não é isso. Não pode ser! Eu… eu estava toda arrebentada, esqueceram? E parem de ficar notando meus peitos, seus pervertidos! — brigou, dando um cascudo nos dois, que reclamaram baixinho de dor, e abraçou seus seios fartos de forma protetora. Mas, então, arregalou os olhos e, quando finalmente processou, levou as mãos aos cabelos curtos e puxou-os — O que foi que eu fiz?! Meu irmão vai me matar se ele souber…!

— Mas porquê? Isso é incrível, Takemichi! — Makoto insistiu.

— O Mikey te notou, imagina se você ganha a proteção dele?! — Yamagishi supôs, mas isso apenas desesperou mais a loira. 

— Vocês não o conhecem! Nenhum dos dois, tanto o Mikey quanto o Waka! — choramingou. Havia prometido à Wakasa que não se meteria com aquele mundo.

— Calma, Michy. A culpa não foi sua. — Takuya tentou lhe consolar — Nós vamos dar um jeito nisso, vamos…

Quando o garoto se interrompeu, o ruivo mais velho e os loiros suspiraram enquanto Makoto e Yamagishi pareciam alheios ao climão enquanto conversavam e gesticulavam entre si.

— Ele disse alguma coisa sobre ordens ou reuniões? — Akkun decidiu perguntar, e a loira parou para pensar.

— Não tenho certeza… — assim, trouxe as memórias das últimas horas para sua mente.


O susto dos outros garotos quanto a aparição daqueles dois não havia passado despercebido por Takemichi. O que a loira não entendia era o motivo de tanta inquietação.

Mas entendeu um pouco quando todos se curvaram e começaram a dizer em uníssono:

— Bom trabalho, senhor!

— Bom trabalho, senhor!

O loiro baixinho andava de cabeça erguida com sua expressão estóica, mas que cumpria seu papel colocando medo em todos.

— Bom trabalho, comandante!

E, com isso, Takemichi entendeu.

Aquele baixinho loiro era o comandante da gangue Manji de Tokyo, a Toman.

— Eh…! C-como vai, senhor? — o braço direito de Kiyomasa se pronunciou, saindo da fila quando Mikey passou por si — Eu sou do esquadrão especial 3, e o meu nome é Akaishi!

E se, na Toman...Onde histórias criam vida. Descubra agora