The Forest red

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   – Bem Martha, a barraca está pronta.– Diz Brady colocando as mãos na cintura e uma perna para frente – Agora, podemos...
– Não estou afim Brady.
   Ele olha para mim, seus braços caem ao lado de seu corpo, está desapontado.
– Mas eu armei a barraca e fiz a fogueira.
– E eu agradeço Brady, mas, não estou afim.
– Você nunca está.– Ele se senta na cadeira resmungando alguma coisa.
    Tenho mais de 50 anos, ele é muito ativo e eu sou uma mãe. Que cuidou sozinha de Holly.
   Holly. Será que ela está bem? E os amigos dela? Adoro Brandy e Jacob, o Dylan não muito mas, ele nunca fez nada de ruim.
   Penso em pegar o carro e sair daqui. Sair dos braços de Brady, pegar minha filha e fugir, odeio ele, odeio Brady mas ele não tem família, não tem nada, as vezes ele pode ser um monstro mas eu seria um pior se deixasse ele sozinho? Ninguém merece ficar sozinho. Eu acho.
– Bom, já que não posso transar, eu vou ir tirar a água do joelho.– Ele se levanta e pega a lanterna em cima da caixa térmica. Um vento gelado sopra levando meus cabelos louros com ele.

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   – Ela nunca quer nada.– resmungou Brady– Só pensa na putinha da Holly.
    Os pinheiros pareciam cobras escuras subindo para o céu. Ele finalmente para em uma dessas cobras escuras e abre o zíper da sua calça tirando o pênis pra fora, primeiramente não saí nada depois o mijo saí molhando a grama e o tronco do pinheiro, não tinha o doce som das corujas cantando a noite, Brady adorava o som delas no meio da noite. Era uma obsessão estranha mas ele adora.
– Ohhhh. Deus obrigado por esse momento tão especial para mim.– Brady olha para o alto e vê as folhas dos pinheiros escondendo a lua.
    O ar fresco trazia o cheiro de lenha sendo queimada, um cheiro forte e horrível que causava náuseas nele.
     O mijo finalmente acabou. Ele coloca o pinto dentro das calças e diz:
– Obrigado Deus, isso foi tão gratificante.
    Ele se vira e vê um vulto negro no meio das árvores.
– Ahhhh, Martha, então você queria dar uma olhadinha no meu foguete?
    O vulto não responde, ele começa a assoviar, um assovio que dá arrepios nele.
– Martha? O que está fazendo?
    O vulto levanta os braços sem tirar os olhos nele.  Brady o olha curioso, confuso.
    Brady ouve o som de uma garrafa de vidro se quebrando e uma dor que percorre sua cabeça. Ele cai no chão e o vulto se aproxima rápido dele. Oculto como a sombra, o homem com um capuz pega uma garrafinha com alguma coisa dentro, Brady não consegue gritar nem se mexer, tinha um outro homem segurando suas pernas, provavelmente o que quebrou a garrafa de vidro na cabeça dele. O homem abre sua boca e despeja o líquido dentro da garrafinha. Brady sente uma tontura e náuseas depois ele apaga.

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Brady estava demorando na sua "tirar a água do joelho". Estava ficando preocupada com ele. E se ele tivesse caído em uma armadilha pra urso? Não ouvi nada além de vidro se quebrando. E passos apressados. Será que Brady se machucou e foi embora me deixando sozinha aqui? Ele não faria isso comigo. Nunca.
    Me levanto e vou em direção ao lugar da sua "mijada".
– Brady?– Grito mas sem resposta.– Brady? Onde você está? – Nada. O vento gelado parou por um momento, fico nervosa e olho para minha volta. Só tinha árvores escuras e grama alta ao redor da trilha. Por que as pessoas querem vir até o meio do mato?
    Volto a trilha, e passo pela barraca e pelas minhas malas. Vou em direção ao estacionamento do acampamento. Vejo o Mercury amarelo parado na vaga, abandonado no meio da noite.os postes iluminam poucas áreas do estacionamento,mas ,lá no fundo, vejo uma cabine telefônica. Corro até lá e abro a porta de vidro dela. Disco o número da nossa Casa, fico esperando alguém mas nada acontece, minha preocupação só aumenta, olho para os lados e não vejo nada além do Mercury amarelo parado lá no fundo do estacionamento. Tento ligar para a casa de Brandy rezando que Holly esteja bem e com a melhor amiga.
– Alô. Casa dos Clarke.
– Oi senhora Clarke , aqui é a senhora Jackson, Holly está aí?
    Uma pausa, ouço senhora Clarke respirar fundo e por fim dizer:
– Ela está no hospital. – Meu coração quase para. Como? Como pode ser?
– O que...
– O stalker foi para sua casa essa noite, Brandy e Jacob estão lá junto com ela e...
– Deus, Eu já estou indo aí.– Olho para o Mercury parado e coloco a mão no bolso rezando que as chaves estejam lá. Sinto um coisa gelada e a tiro. " Graças a Deus" pensei as chaves estavam comigo, Brady pediu para segura-las. Brady, onde ele estaria agora? Tenho que ir encontrar Holly agora. Depois posso conversar com ele ou sei lá.
    Desligo o telefone e abro a porta da cabine. Corro até o carro e abro a porta. Sento no banco do motorista e enfio a chave na ignição. O carro liga, acendo os faróis e vejo algo no retrovisor, como se fosse lama ou algo assim. Passo a mão para tirar mas não consigo, abro a janela e passo a mão no retrovisor tirando a sujeira.
Pelo menos um pouco até eu ver uma silhueta masculina na frente do Mercury.
– Brady, tenho que ir pegar Holly. – Brady não se mexe. – Brady tenho que ir.
    A silhueta masculina não se move. Enfio a cabeça dentro do carro novamente e dou a ré, troco de marcha e acelero o carro, em minha cabeça só penso em Holly e em como ela pode estar. Não tiro os olhos da estrada, vejo uma sombra de mexer atrás do banco, olho no retrovisor e vejo um homem com um machado atrás de mim.
    Grito de terror, o homem golpeia a minha cabeça com o machado, ele quebra a janela do motorista. Martha Solta as mãos do volante, o carro vai para um barranco ao lado da estrada e o pula capotando. O som da lataria do carro raspando no asfalto era ensurdecedor. Martha Jackson estava sem vida.
  

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