O Prólogo de Sangue

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Num cenário onde sombras dançam ao luar, contorcendo-se como espectros famintos, e segredos ancestrais ecoam como lamentos enclausurados nas brisas noturnas, o Demônio do Desejo e do Destino sussurra nas sombras, sua presença sinistra entrelaçando-se com uma narrativa de traição e sacrifício, impondo um manto de desespero. Entre os véus do desconhecido, destinos se enredam como correntes escuras, urdindo uma trama que transcende o tempo.

No torvelinho dos horrores das batalhas, destaca-se um grupo macabro, os pactuantes do "Casamento Humano e Demônio". Movidos pela voracidade humana, emergem como espectros de uma força sobrenatural, desafiando as entranhas da guerra com uma fome insaciável por tormento. Seus destinos, atados com correntes invisíveis de sofrimento e encharcados pelo peso sombrio das batalhas sangrentas, são guiados pelos fios podres de uma trama cósmica tecida pelas garras do Demônio.

O Demônio, em sua forma sedutora de mulher, revela-se uma entidade de desejos vorazes, sua influência estendendo-se não apenas aos conflitos bélicos, mas infiltrando-se nas sinuosidades mais obscuras das interações humanas. Saboreia a complexidade das relações, uma teia de desespero que amplifica sua presença nas sombras, onde as vozes dos perdidos ecoam como um cântico fúnebre. O palco está armado para um confronto épico entre a luz agonizante nas sombras e a escuridão que vorazmente engole o mundo. A guerra, mais do que um massacre físico, torna-se uma agonia insuportável pela alma da humanidade, onde as exigências do Demônio sussurram a cada passo na dança macabra do destino, como um eco condenatório.

Nas entranhas desse mundo mergulhado em desespero e caos, a história se desenrola, cada página carregada de um horror palpável. Os pactuantes do "Casamento Humano e Demônio" enfrentam tormentos inimagináveis, suas existências enredadas em pesadelos inescapáveis. O Demônio exige não apenas a obediência servil, mas a entrega profana das almas aos seus tentáculos sombrios, onde a luz da esperança murcha como uma vela na tempestade, deixando apenas a penumbra do desespero e o eco distante dos campos de batalha, que ecoam como cicatrizes sangrentas na alma.

Entre as feridas abertas pelas guerras, no meio das dores e desafios, uma sombra de esperança se retorce, distorcendo-se em uma visão grotesca. Personagens distorcidos se unem, não apenas para desafiar um destino sinistro, mas para moldar um novo pesadelo, onde a linha entre redenção e perdição desvanece, e o destino da humanidade pende na balança entre o abismo e a luz distorcida do futuro, marcado pela carnificina das batalhas.

Noite Calma

Numa noite calma, Júnior e Elen, um casal dos Silvas, encontraram uma cesta abandonada à porta de sua modesta casa. Ao abri-la, descobriram um bebê envolto em um pano, de olhos profundos e cabelos brancos, contrastando com a escuridão da noite.

Júnior: Elen, o que devemos fazer com ele?

Elen, segurando ternamente o bebê, olhou para Júnior com compaixão.

Elen: Parece um presente dos céus, Júnior. Não podemos simplesmente deixá-lo aqui. Vamos cuidar dele como se fosse nosso.

Júnior olhou para a pequena Flame, que observava curiosa.

Júnior: Flame, olha só! Você ganhou um irmãozinho!

Flame, com seus pequenos olhos brilhando, sorriu, e assim, naquela noite, em meio a trovões e relâmpagos, Khaoss encontrou um novo lar, abraçado pelo calor da família Silva. E, à medida que os anos se desdobravam, ele se tornaria uma parte inseparável da trama entrelaçada de destinos e mistérios que cercavam não apenas a nação de Santa Cruz Vermelha, mas todo o mundo.

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