Khaoss terminara o jogo claramente muito chateado e irritado por ter perdido para uma garota, sua irmã Flame. Depois de ter almoçado, e claro, discutido com sua irmã novamente, saiu novamente do lar, dessa vez, não para se encontrar com seus amigos, mas para passar um tempo sozinho.
Khaoss sai para longe da casa, com as mãos no bolso e chutando pequenas pedras com seus sapatos sujos. Khaoss continua andando, aos poucos, adentrando cada vez mais uma floresta densa ao longe da cidade, não demora muito, Khaoss, no mundo de Nárnia e desligado, acaba se perdendo pela floresta, olhando para os lados ele logo percebe isso.
"Ah, merda, merda...! Eu deveria ter escutado minha irmã sobre não ir muito longe!"
Khaoss começa a se apressar, correndo pela floresta e se preocupando cada vez mais, repensando cada escolha que ele fez, desde que acordou no dia.
"Mamãe!!" Grita o pobre Khaoss, com seus olhos cheios de lágrimas.
Dois homens surgem detrás de uma enorme rocha: "Hey, hey, garotinho, perdido?" Um deles diz, segurando um punhal em mãos. Os dois sujeitos eram claramente ladinos, capuzes e armaduras de couro complexas.
Khaoss se assusta, dando um pulo para trás: "E- e- e- eu, uh, uh... o- quem, s- são v- vocês??!!" Sua voz intercalava entre um tom amedrontado e um tom normal.
"Heh, heh, heh... o garotinho tá perdido?" Disse o segundo bandido, com o primeiro continuando em seguida: "'Cê tá na nossa floresta, irmão, passa o que tiver de bom, e ninguém sai ferido!"
Khaoss, com os olhos arregalados, vira para trás e sai correndo, os bandidos correm atrás de imediato, gritando palavrões e ameaças. Khaoss continua correndo sem parar, seu fôlego não poderia faltar agora, ele pula pequenos obstáculos, passando por áreas lamaçadas, ele acaba perdendo o seu sapato direito em uma das poças... mas, continuo sem dar pela falta do mesmo, ele agora estava sujo, respirando ofegante.
"Sem saída garotinho! Tu é nosso agora!" O primeiro bandido grita, apontando o punhal em direção ao menino, o pano impedia de ver o rosto de ambos claramente, mas, o olhar irritado era mesmo assim, facilmente perceptível.
"P-por favor! Não me machuquem!" O pequeno Khaoss diz, encolhido e chorando, atrás de um grande morro, ou, o que poderia ser a parte detrás de uma caverna. Khaoss tira seu outro sapato e oferece aos bandidos: "P-por f-favor, i-isso é a única coisa... q- que tenho, aqui...!"
Os bandidos apenas riem alto, um deles dá um tapinha nas costas do outro. "Boa tentativa criancinha. Mas pelo visto 'vamo ter que levar teu coro mesmo... hah hahahahah!!!"
Antes que ele termine de rir, um enorme tronco acerta sua cabeça, esmagando o bandido contra o chão. O tronco era grande e com certeza pesado demais para uma pessoa, ou algo, lançá-lo com tanta brutalidade, algum gigante estava chegando.
O garoto observa a cena, impressionado de uma certa maneira. O único bandido restante da dupla permanecia em estado de alerta máximo, tremendo um pouco de medo.
"Ungo, bungo, dumbo...!" Um homem enorme e denso surge em meio às árvores, adentrando a cena e ficando na frente do garoto, de costas, encarando o bandido, seu tamanho era assustador, facilmente passando dos oito pés de altura, o garoto conseguia observar apenas que o gigante estava vestindo calças azuis e uma possível camisola simples. Três flechas estavam alojadas em suas costas, além de uma espada de ferro.
O bandido perfura o gigante com o punhal, antes de recuar alguns passos novamente, porém, nada ocorre, o oponente quase não sentia dor.
"Humaninho mal! Acho melhor 'ocê correr antes que eu esmague sua cabeça!" O gigante disse, enquanto com a mão esquerda fechada, dando leves socos na palma da mão direita. Sua voz era profunda e grossa, alguém poderia ouvi-la a metros de distância, ele mal conseguia controlar o seu tom de voz.
"P-perdão 'sinhô gigante!" O sujeito respondeu, com uma voz mais fina que o normal, ele vira para trás e sai correndo, antes de tropeçar no meio do caminho.
"EI, HUMANINHO!!" O gigante gritou, enquanto agarrava e levantava o corpo do outro ladrão ao chão: "NÃO SE ESQUEÇA DO SEU AMIGUINHO AQUI!!!" E então jogou o corpo em direção ao outro ladino, quase acertando ele, o comparsa estava tão assustado que sequer conseguia falar, apenas gritava de medo, levantando-se e correndo para uma direção aleatória.
O humanoide gigante então torna a virar para trás: "Ei, humaninho, você estar bem?!"
Khaoss olha para cima, encarando o gigante: "Q-quem é você?"
"Eu sou 'Brugur, o Gigante', dentre outros nomes incluem-se Maximliano, Félix, José, Ferdinando, André, Asterix, Teotônio e Guilhermano. E quanto a você?"
Khaoss levanta-se, limpando a sujeira pelos calções e respondendo em seguida: "Sou Khaoss, filho de Júnior... você é bem mais alto que meu pai."
Brugur ri, complementando em seguida: "Eu ser gigante, garoto, o que você estar fazendo em floresta?" Khaoss olha para os lados, admitindo um pouco triste que havia brigado com sua irmã, motivo pelo qual o fez sair de casa e ir até a floresta, onde se perdeu. E então, Brugur responde: "Ei Khaoss, não se preocupe, eu ajudar você a sair daqui. Antes, acho que eu também posso ajudar você com sua falta de sapato..."
Khaoss explica o motivo de ter perdido seu sapato, Brugur, agachado e ouvindo tudo, termina dizendo: "Suba nas minhas costas, humaninho, eu levar você para fora de floresta. Irei fazer um sapato para você. Amanhã já deve estar pronto..."
Khaoss estava agora em cima das costas do gigante, segurando-se firme e falando sobre a cidade de onde veio. Por sorte, Brugur conhecia bem a floresta densa, e sabia qual caminho tomar para a cidade de Khaoss. Em cerca de uma hora de passeio, Brugur sai da floresta com o garoto, tirando-o de suas costas e o deixando no chão.
"'Arrevouá' amigo Khaoss!" Despediu-se Brugur.
"Tchau amigo gigante! Vou falar pros meus pais sobre você!"
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O Marechal de Sangue
ParanormalAviso: História feita em colaboração com @Dra_Ruraphobia. Todas as capas foram feitas por @Dra_ Ruraphobia Em um mundo antigo onde as disputas territoriais são constantes, a pacífica nação de "Santa Cruz Vermelha" enfrenta uma ameaça crescente de pa...