O Último Suspiro (EM REVISÃO)

O Passado Nunca Morre

Se você quer beijar o garoto, então é melhor você beijar o garoto agora
Você não tem que ter medo das palavras que você quer dizer agora
Porque o amor é um jogo que merecemos jogar em voz alta
Então, se você quiser jogar
Então é melhor você beijar o garoto.

           Keiynan Lonsdale - Kiss The Boy

                                     •°*°•

Narrado por Ed

Hoje é o último dia de Anye em Paris com o Matt, eles voltam amanhã e eu estou muito animado para ouvir suas histórias sobre como Paris é incrível, mas estou ainda mais animado para ver o olhar contente da minha irmã por ter ido na melhor cidade de todas!

Levanto da cama, faço minha higiene matinal e quando volto para o meu quarto, noto um celular estranho na minha escrivaninha.

Nem lembrava dele.

Will não voltou ontem para buscar o celular, eu também não fui em sua casa para devolver. Se ele falou que viria aqui, então eu não preciso ir até a casa dele, né? Pode soar um pouco obsessivo da minha parte. Ele disse que viria.

– Bom dia! – Minha mãe sorri ao me ver.

– Bom dia, mãe. – Beijo sua testa – Cadê as pessoas dessa casa?

– Você não vai acreditar! – Ela se aproxima de mim para contar alguma fofoca – O vizinho Edgar veio aqui na nossa porta reclamar que o nosso cachorro está sujando o jardim dele. O pior é que nós não temos cachorro, mas o Edgar insiste que o cachorro é daqui.

– É o Edgar do 145? – Pergunto enquanto sirvo meu copo com suco.

– O próprio! Dizem que ele não bate bem da cabeça, né?

– É verdade, mas também dizem que ele ficou assim depois que a esposa dele faleceu e piorou quando a filha saiu de casa com um marginal e virou prostituta. – A expressão surpresa da minha mãe me faz sorrir – Mas isso é o que as pessoas falam, eu não tenho certeza de nada... tenho certeza que a filha dele é uma prostituta sim e foi embora com um marginal, mas quem somos nós para julgar, né?

– Nossa, eu não sabia que a vida do Edgar é tão ruim assim, mas não sei se estou mais surpresa por tudo o que ouvi ou por você saber de tudo isso.

– Eu tenho minhas fontes. – Rimos.

Conheço o Edgar desde a minha infância, também lembro da Sara, sua filha, nós brincávamos juntos quando crianças. Ela dizia que queria ser modelo, mas por algum motivo tudo isso foi por água abaixo. Não sei se foi por causa da morte de sua mãe, talvez ela tenha se perdido em suas amizades, mas Sara teria um futuro lindo se quisesse seguir ele.

– O que ele disse? – Minha mãe pergunta ao ver meu pai e Amie se aproximando.

– Insistiu que o cachorro era nosso e quase me bateu, eu só não revidei por respeito à falecida Rosária. – Meu pai fala indignado pela reação do Edgar – Mas por sorte a Amie conseguiu dar um jeito na história toda.

– Como? – Pergunto.

– Eu falei que um outro animal teria feito o estrago no jardim dele e deixei claro que aqui nessa casa não existe cachorro. – Ela senta-se ao meu lado – Ele se convenceu e ficou até chocado quando falei qual animal poderia ter feito a bagunça.

– Que animal? – Minha mãe pergunta curiosa com toda a confusão.

– Um enorme, raivoso e perigoso urso branco.

– Ah não! – Ela gargalha – Ursos brancos aqui em Forks?

– Ele acreditou, dona Alya, ele acreditou. – Rimos.