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Uma semana se passou e eu buscava apartamentos próximos do trabalho e da creche, não querendo algo que ficasse também longe dos meus pais...
Zoro já estava apegado o suficiente em Mya a ponto de fazer com que meu pai — Dono de imóveis — não me vendesse nada para que eu permanesse ali. Mas eu tenho que sair, ou pelo menos acho que preciso sair.
Estava em casa durante a noite já que estava de folga. Mya dormia profundamente em minha cama quando o chão começou a tremer, assustando a garota. O som me deixava agoniada, fora as conversas e risadas altas, não queria nem imaginar a bagunça para limpar no dia seguinte.
Óbvio que isso ia acontecer, meu pais viajaram e Zoro adora uma boa festa onde tenha muita bebida e vários amigos para jogar muitas conversas fora.
Coloco um protetor no ouvido de Mya para que ela não acordasse e volto a procurar sem me importar com a festa, afinal, estava ali de favor, não podia reclamar.
Imagino que meu irmão mais novo esteja trancado no quarto estudando. Saio do meu por um breve momento indo até o quarto dele, não conversamos muito desde que me mudei.
Bato em sua porta e sua melhor amiga abre.
— Oi Zoe. — Ela sorri gentilmente.
— Oi lindinha. O Zohan está aí? Ou tá na festa também?
— Nem fodendo que eu vou fazer parte de uma dessas festas do Zoro. — Ouço a voz de Zohan — entra aí.
— Eu vou lá na cozinha bucar alguma coisa. — sua amiga saiu do quarto me deixando a sós com meu irmão.
Entrei e fechei a porta.
— Quando vai assumir a garota?
— Nunca. Para com isso, somos só amigos mesmo.
— Eu acho que ela tem uma queda por você.
— Não viaja. — Ele revirou os olhos — O que deseja?
— Não conversamos... sinto sua falta também sabia?
— Sou seu psicólogo né? — Ele fechou o livro que lia e os cadernos de anotações e me olhou — Eu fico feliz que esteja em casa.
— Eu sinto como se tivesse faltando algo... — Assumi — Sinto falta do meu companheiro.
Ele respirou fundo, sei como se sente. Odiava quando minhas amigas ficavam lamentando um relacionamento horroso e ficavam sofrendo por alguém que não dava valor, agora eu sei exatamente como funciona a dependência emocional.
— Desculpe Zohan. Eu sei exatamente o que você deve estar pensando.
— Eu sei que sabe. — Sorriu, não querendo puxar saco, mas meus irmãos tem os sorrisos mas lindos que eu já vi... — Sair da dependência emocional é como sair de um vício, como o cigarro por exemplo, é impossível ser de uma vez só. No começo você sente a falta daquela nicotina no corpo, mas depois é como se você nunca tivesse fumado.
