Espera, o livro falou?

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————————ANNABETH—————————
Cap.5 Pov Annabeth

Um mês.

Todos os finais de semana, sábado e domingo, durante um mês. Em um dos lugares que mais amo, com duas das pessoas que mais odeio: Perseu Jackson e Luke Castellan.

Inacreditável.

Acordo sábado de manhã exausta e olho para o pote de remédios para sono em cima do criado-mudo. Lembro-me de ter tomado três, um para cada hora que fiquei acordada, principalmente pela insônia e a ansiedade angustiante de já saber o dia torturante que me esperava hoje.

...
Tomo meu café da manhã no quarto mesmo, já que estava sem disposição alguma para sair de lá antes do almoço ( eu dei a desculpa de que tinha dificuldade para andar por causa do meu joelho roxo e que só hoje ficaria no quarto. Bom, deu certo ).

No resto da manhã leio um pouco de um dos meus livros de Sherlock Holmes, já que não há maneira melhor para esquecer um problema do que tentar resolver outro.

O almoço e as horas seguintes se passaram arrastadas enquanto eu mal me mexia de tanto sono mesmo sem conseguir dormir ( talvez eu não devesse ter tomado três comprimidos ontem, mas ele eram leves, então tudo bem ).

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Levanto-me da cama quando o despertador toca 16:50 e tomo um banho para afastar o sono de cochilos de dez a quinze minutos com pausas de vinte e poucos minutos acordada, apenas olhando o nada, esperando o tempo passar.

Eu normalmente teria chegado na biblioteca cinco ou dez minutos antes das 17h ( o horário determinado pelo diretor ), mas se chegasse um pouquinho atrasada não tinha problema, e quanto menos tempo naquela maldita espécie de "detenção", melhor.

Piper não estava no quarto quando acordei, mas deve ter saído em um desses tempos em que consegui dormir temporariamente.

Me olho no espelho do banheiro com as mãos apoiando o corpo na pia.

— Ok, é temporário, vai ser só horrível, nada insuperável — tento convencer a mim mesma, aparentemente falhando, mas o que está feito está feito. Não tem como evitar esse castigo injusto. Apenas tenho que aceitar.

...
Quando arrumo minha mochila vejo em cima da mesa um item que improvisei para um determinado objetivo e lembro dos acontecimentos estranhos dos últimos dois dias, do meu plano arriscado e não tão seguro quanto eu gostaria.

...
Entro na biblioteca com relutância e me aproximo das várias mesas, a maioria vazia.

Vejo em uma das mesas mais afastadas um rosto familiar e faço uma força sobrenatural para não virar de costas e sair andando para longe.

Luke está sentado em uma mesa com cinco cadeiras lendo Frankstein, um livro que eu dei para ele quando estávamos namorando. Lembro-me bem que na época o livro pegou poeira na estante por muito tempo,  e agora ele o estava lendo.

— Sabe que não é obrigatório que você fique aqui, certo? Pode ir e ajudar quem realmente precisa — digo a ele enquanto coloco meus materiais na mesa.

— Se eu não me engano foi por sua culpa que eu estou aqui, não é, Annabeth? — Luke diz com um sorrisinho antipático e apenas reviro os olhos bufando. Tenho mais o que fazer.

Sento-me na cadeira mais distante a dele e começo as atividades.

...
Uns dez minutos depois Perseu coloca sua mochila aberta com livros caindo para fora em cima da mesa. Seu cabelo está bagunçado e ele se senta acabado na cadeira. Sem querer, reparo em seu bottom e vejo que é nulo. Estranho, por que será que é assim?

🦉"Rivalidade Divina"🌊 AU percabeth Onde histórias criam vida. Descubra agora