AMOR DE INTERIOR | kelmiro

11 | declaração part.2

Oiee!

Parte dois do capítulo anterior (que vai acabar ganhando uma parte três porque ficou ainda maior. Gente juro, eu nunca fiz um capítulo tão grande).

Sei que prometi hot nesse, mas ficou absurdo demais pra corrigir tudo junto. Então, eu vou soltar essa parte que eu consegui fazer as correções e amanhã já solto a continuação que realmente vai ter o hot do jeitinho que vocês gostam.

Me perdoem, tava grande demais, e a autora aqui é míope e astigmata, meus olhinhos não dão conta 🥺.

No mais, boa leitura!

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Sempre dói lembrar que eu já fui mais forte
De cabeça antes de você chegar
Só você pra me entender
Se eu tô sem norte e sem direção
Não sei mais de nada, mas eu sinto tudo, tudo
Você me desculpa, eu culpo você por quase tudo
Mas eu sei que você é meu quase tudo

— Declaração, Vitão 

Com os olhos cheios de lágrimas, Kelvin encarava o rosto negro à sua frente, perdido na mais singela e pura expressão que aqueles ouvidos já tinham escutado. Seu coração bombeava sangue na mesma velocidade que seu cérebro embaralhava, o deixando perdido diante daquela frase dita tão naturalmente. 

A água gelada do rio batia em suas costas, cobriando parcialmente seu peito que estava encostado no peitoral de seu amado. Lhe causando um pequeno choque termico, pela quentura que sentia subir em seu corpo. 

O loiro  ainda sorria, abrindo e fechando a boca diversas vezes em busca do que responder, deixando o peão um  tanto confuso e assustado pelo o que acabara de dizer, mas de maneira alguma arrependido. 

Pela primeira vez, Ramiro Neves havia deixado Kelvin Santana sem palavras.

— Que que é, Kevin? O gato comeu sua língua? – perguntou com um meio sorriso se formando em seus lábios, o coração também disparado. 

 Os olhos do mais baixo piscaram roboticamente.

— N-não... eu. Eu só não sei... – sua garganta secou, o fazendo engolir as frases – Ramiro, você tá falando sério? A-assim... você. Você pode repetir? Só pra eu ter certeza que entendi direito. 

Antes de responder, o moreno aprofundou a intensidade do apertão na cintura do mais baixo, sentindo a pele nua da barriga de Kelvin em contato com a sua, pressionando seu mebro no dele, ambos molhados dentro de suas cuecas. 

Com a mão que estava livre, Ramiro percorreu o rosto delicado com seus dedos, fazendo carinho nas bochechas, finalizando no queixo do mais novo. 

— Ocê quer que eu repita, é? 

Kelvin concorda, fechando os olhos e inclinando a cabeça levemente  para o lado, para receber o toque suave da mão do peão em seu rosto.

— Então eu vou 'arrepitir'  – com a voz mansa, pausadamente, ele se inclina para frente, colando suas testas, fazendo os dois pares de olhos não enxargarem mais nada além deles próprios. – Eu... Ramiro... tô apaixonado por ocê, Kevin. E não é como amigo não. – enfatiza ao se lembrar de sua declaração fajuta na caminhonete e na declaração apressada no quarto de Kelvin.

O ex garçom estremece, amolecendo nos braços do mais velho. 

— Fala de novo, Ramiro... eu ainda não tô acreditando. – diz deitando a cabeça no peito do homem, a água agora batendo em seu pescoço, o fazendo se sentir em um oásis.