✨𝑺𝑻𝑨𝑹𝑺✨(SNS)

30º: Reflections

─ Papaizinho...! A que devo essa honra de sua presença? ─ Vi ele retesar o maxilar, e me encarar odioso como sempre fez. Sorri debochado para ele, fingindo uma falsa admiração, sendo o mais sarcástico possível.  Sra. Tsunade parecia cansada, afinal, eram quase dez da noite, e ela foi interrompida de concluir o seu trabalho por esse abutre folgado. ─ O que o senhor quer comigo? ─ Pergunto-o, entrando na sala para me sentar e descansar minha perna que estava dolorida. 

─ Soube que tinha se machucado, vim aqui ver pessoalmente se está bem?  ─ Ele perguntou, tentando ignorar meu comportamento, fingindo preocupação. ─ Foi muito grave? ─ Ele continuou, me encarando indiferente. 

─ Primeiramente, boa noite Sra. Tsunade, espero que não se incomode com a visita inconveniente, porém preocupada do meu progenitor. E espero não estar tomando seu tempo. E papaizinho, eu estou bem sim, obrigada por se preocupar e reservar um tempo para ver a me visitar de forma tão compassiva. Graças ao anjo do meu namorado, eu pude descansar e relaxar, depois daqueles garotos do terceiro terem me chutado. Aliás, não os vejo aqui, por que só eu estou aqui? ─ Eu pergunto um pouco confuso, não deixando a acidez faltar enquanto falava com meu pai, vendo-o se contorcer de raiva pelo meu sarcasmo dramático digno de cinema, mas tinha que se conter. ─ Deveria estar sendo punidos por serem homofóbicos e nojentos, não é essa instituição que preza pela inclusão social...? Né, pai? O senhor concorda comigo, né? ─ Deixei o ácido cair um pouco pela mesa da senhora que não tinha nada a ver, mas estava realmente irritado por aqueles malditos não estarem aqui experimentando da fúria de Tsunade.

─ Na verdade, Sasuke, seu pai tem algo para lhe falar e não tinha como deixar para amanhã, por isso, vou deixá-los a sós para falarem o que precisam e depois pode ir ao dormitório. E sobre os garotos terceiranos, amanhã lhe chamarei aqui de novo para resolvermos isso com eles, por isso, paciência. Com licença. ─ Ela saiu da sala, exalando exaustão, nos deixando sozinhos. 

E assim que a porta se fechou, Fugaku mudou da água para chorume, me prensando contra a parede quando segurou a gola da minha camisa e me ergueu do chão, onde apenas as pontas dos meus pés tocavam o chão

─ Minha paciência está por um fio com você, seu moleque nojento. Eu não deixei claro que era pra você terminar com essa nojeira com esse bolsista? Ou devo estar falando em grego? ─ Numa tentativa de me impor medo, ele murmurou a ameaça com um olhar furioso, mas havia perdido o medo dele desde que descobri seu ponto fraco. ─ Se não terminar com esse garoto o mais rápido possível, não será você que sofrerá as consequências, mas sim ele. ─ Fugaku falou, e eu não me intimidei, mas seu sorriso perverso me fez manter alerta. 

─ E o que fará? Por acaso esqueceu com quem está falando? ─ Eu disse, apenas para provocar mais sua raiva, sorrindo impassivo à sua ameaça. ─ Não se esqueça que mesmo que tenha Itachi, ele não é totalmente apto para herdar a empresa por causa de sua saúde psicológica, então, tome cuidado ao se dirigir à mim, o herdeiro principal. ─ Eu lhe digo, e ele sorri da mesma forma que eu, apertando minhas bochechas com uma só mão, como uma criança. 

─ Quando disse que as consequências que sofrerá não é você, eu falei sério. Lembre-se do seu lugar ou irei forçar você a se lembrar por mal, afinal, ainda tenho truques que com certeza não é você quem vai sofrer primeiro, mas sim as pessoas a sua volta. Começando pelo seu anjinho. ─ Ele ordenava com o tom de voz sombrio, que pela primeira vez me intimidou, me causando arrepios na espinha. 

─ Não há nada com que possa fazer. Naruto não depende de dinheiro nenhum para estudar aqui muito menos de seus pais, não há nada com que possa fazer, e se agir contra as leis, eu farei de tudo para fazer justiça, e dessa vez, deve se manter mais atento, afinal, sua ficha está tão podre quanto você, seu velho decomposto. ─ Eu disse, vendo rosnar baixo, me prensando mais contra a parede, agora, prendendo minha respiração com o pulso.