33º: A Revolução da Elite de Konoha

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Eu me aproximo dele lentamente, abraçando ele por trás para acalmá-lo, apertando-o perto enquanto suas mãos rebeldemente agarraram as minhas e apertaram, enquanto ele chorava baixinho, sem saída. Eu tentava depositar toda a minha segurança nele nesse abraço, mesmo me sentindo inseguro e exposto, afinal, ele não tinha nada a ver com meus problemas, e muito menos o pai dele.

Isso tudo só começou a acontecer pela minha imprudência. Era tudo minha culpa.

─ Naruto, amor, me perdoa... ─ Eu peço, abraçando-o agora mais para me confortar do que ele. ─ Eu sei que te forçei a participar desse plano maldito e fiz isso sem pensar nas consequências... Se quiser, podemos fazer aquilo que meu pai mandou, Eu te deixo em paz e nunca mais encosto um dedo em você, tudo pra te proteger. ─ Eu afirmo, realmente cogitando a ideia de largar tudo pro alto para proteger ele. Mas, seu aperto ficou mais forte, e eu o olhei estranho pela nuca.

─ Eu nunca deixaria isso acontecer, se não, seu pai vai vencer e eu não quero ver você sofrer. ─ Ele sussurrou, e, aspirando seu aroma e eu nego, apertando-o mais.

─ Eu não me importo de sofrer pra te ver feliz de novo, Naruto. ─ Eu confesso, e ele solta sua mão da minha, depois de soltar uma risada nasal indignada.

─ Acha que eu sou idiota? ─ Ele falou sombriamente ─ Eu não quero nada menos que seu pai sofrendo três vezes pior que meu pai está sofrendo, o que você está sofrendo. Nem que tenha que jogá-lo num cativeiro e deixá-lo lá morrer. Eu quero que ele pague pelo o que fez a você e ao meu pai. ─ Ele disse, sua voz sem emoção nenhuma a não ser ódio. 

Ódio puro, do mais bruto e grosseiro já visto, e, se antes eu duvidava da capacidade do Naruto, não há mais o que duvidar. 

─  Você quer se vingar...? ─ Eu pergunto, mesmo sabendo da resposta, o gosto amargo da culpa logo foi trocado pelo gosto bom do amor que eu tinha por esse garoto, que agora, aumentou muito mais. Está cada vez mais parecido comigo.

─ Sim. ─ Ele sussurrou, se virando para me encarar, seu semblante ainda era choroso, mas o ódio fazia parecer apenas uma cascata de lágrimas de um sentimento empático que não existia mais nos olhos quase laranjas do outro, e, assim como o meu, o seu maxilar estava retesado, contrastando com a aparência angelical dele. ─ Seu pai vai pagar na mesma moeda, e talvez respingue em vocês. ─ Ele disse, mas parecia não se importar com isso, afinal, seu olhar estava sombrio e frio, o que me fez duvidar da personalidade real de Naruto, afinal, essa pessoa quem vejo agora não é nem um pouco parecida com Naruto.

─ E como vamos fazer isso, amor? ─ Eu pergunto, empurrando-o devagar para se sentar na primeira mesa que vi. Ele se sentou sobre a mesa, quase robótico, nem se importando com a proximidade de nossos rostos. ─ Eu não ligo se respingar em mim, contanto que façamos aquele demônio ficar para sempre atrás das grades, podemos fazer o que quiser. ─ Eu digo, analizando seu rosto, vendo se era seguro ficar perto dele. 

─ A imprensa é uma ótima ajuda, né? ─ Ele pergunta, com uma falsa energia, parecia cego, com seus olhos nublados por algo escuro. ─ Podemos usá-la. Talvez, o caso da sua mãe? Ela pode aparecer do nada, talvez? ─ Ele continua a perguntar, como se pedisse permissão pra se sujar de lama. ─ Ou... eu não sei o que pensar direito... A única coisa que eu acho que o jogaria na sarjeta mesmo seria algo na empresa dele... mas... ─ Ele sorriu sombrio, com seus olhos que antes estavam dispersos, agora, me olhavam com intensidade.

─  O que foi, Naru? ─ Eu pergunto, e ele segura do delicadeza forçada me rosto, me fazendo hipnotizar na mistura de cores que era seu olhar no momento, onde as lágrimas persisitentes ainda eram presentes.

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