Depois

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o amor, sendo uma escolha,

em breve, vai deixar de morar em você.

sabemos que uma hora ou outra,

vou deixar de escolher você também.

deixar de dar continuidade ao que construí por

você.

quando esse dia chegar,

talvez tudo pare de doer, enfim.

ou, talvez, seja como desistir de uma parte

essencial de mim.

o que você faria no meu lugar, eu me questiono.

deixaria? continuaria?

se ao menos tivéssemos uma pista de como

estaríamos no futuro,

seria uma decisão mais fácil de se tomar.

e se você melhorasse?

e se eu também melhorasse?

e se nossas ideias fundamentais voltassem a

combinar?

e se, e se?

uma porção de incertezas

que me convencem cada dia mais

que o melhor a se fazer é somente guardar você

no fundo de uma gaveta qualquer.

se um dia você cruzar meu caminho novamente,

tenho medo de ainda sentir algo por você

e deixar que me machuque de novo.

ao mesmo tempo que tenho medo

do oposto também acontecer.

eu jamais quero perceber que te feri –

novamente,

sem ao menos perceber que estava

o mundo estava em chamas e nem você podia me salvarOnde histórias criam vida. Descubra agora