Uma segunda chance - Tom Kaulitz

Capítulo 16

Tom Kaulitz 

Bill e os caras da banda, arrumaram uma mesa na beira da piscina e colocaram música. Mas não alta para não incomodar Ivy. 

Kenna e Annie estão no quarto, trocando de roupa, porque vão tomar banho na piscina. Bill, agora também usa uma bermuda. Minha. Para se caso quiser entrar na piscina também. 

- Que porra foi aquela na van? - Gustav pergunta. Se referindo a cena com Kenna. 

- Fala pra eles Tommy! - Bill toma um gole de Wisky. 

Tomo também um gole para me encorajar. Não sei no que eu e Kenna nos rotulamos. Temos algo, mas não sei o que é. 

- A gente ficou. Não sei como dizem isso hoje em dia. - dou de ombros. 

Os caras começam a gritar e pular em cima de mim. Parece que estamos assistindo futebol. O único que não grita é Bill. 

- Mas pera aí, ficaram como? - Georg dá um sorriso saliente. 

- Não vou falar sobre a minha vida sexual, seus filhos da puta! - jogo uma almofada nele. 

- Que vida sexual? Você virou o virjão de 40 anos de novo - Gustav fala e os dois caem na gargalhada. 

- Qual é a idade dela? - Georg indaga e eu sinto vergonha de falar. - Qual é cara, pelo menos é maior de idade? - E eu respondo que sim. 

- 18 anos. - Bill balbucia e os caras me olham assustados. 

- Não me perguntem. Eu tentei evitar ta legal? - Mas foi difícil com ela me falando aquelas coisas, - Só que, porra! Vocês sabem, muito tempo... 

- Mas 18 anos, irmão? - Georg indaga, mas não tenho uma resposta pra isso. - Só sei de uma coisa, já, já aparecem um bando de caras aqui na sua porta atrás dela. 

- Tom... - Bill olha para o celular com uma cara de quem viu um fantasma e me entrega o aparelho. 

Uma nota em um site de fofoca com uma foto minha e de Kenna. A foto bem no momento em que eu ameaço ela na porta da cafeteria. Não aparece o rosto dela, mas aparece o meu. A foto ficou boa. Mas um frio na espinha me incomoda. Não quero ela exposta a essas coisas.

- Pelo menos a foto tá boa. - Bill comenta.

- Porra! - passo a mão nos cabelos e tomo um gole da cerveja. - Entra em contato com Rosalyn, pra ela tirar isso do ar.

- Ok, patrão. Só cuidado. - Bill me adverte. - Se não quer expor ela, não deveria agir dessa forma lá fora, você sabe como eles são cruéis.

Só balanço a cabeça porque ele tem razão. A mídia foi horrível comigo e Heidi quando nos assumimos.

- Estão sabendo.... - Bill se recosta na poltrona e toma um gole da sua bebida, referindo-se aos caras. - Tom pra conquistar sua Sugar-Baby está lendo os livros preferidos dela.

Ele debocha e minha cara arde de raiva.

- Ain não me diga - Gustav me provoca.

- Fica igual homem, porra. - Dou um soco de leve em seu braço.

- Vou chamar a Kenna em, não me encoste papai. - Gustav brinca, mas estou de mau-humor.

- Qual é, cara? - Georg me empurra com o ombro sentado ao meu lado. - Achei que depois de afogar o ganso você estaria de bom-humor.

Todo mundo ri da minha cara. Não que eu não esteja de bom-humor, mas muita coisa envolve isso que tá acontecendo.

- Não é fácil - respiro fundo. - A mídia vai estraçalhar Kenna se eu assumir ela.

- E quem está falando de assumir cara? - Georg me encara. - Se permita. Relaxe um pouco.

- Você nem sabe se ela quer te assumir também. - Bill despeja em cima de mim. - Soube que Kenna nunca assumiu namorado nenhum, você não é especial Tomtom, então relaxa.

Não tinha pensado nisso. Kenna nunca falou sobre cara nenhum e eu não soube nada sobre ela. Mesmo pesquisando sua vida nas redes sociais. Porque nunca assumiram ela? Me pergunto. Kenna é surreal demais. Qualquer homem colocaria ela em um pedestal.

- Agora está considerando.... - Bill semicerra os olhos.

- Não estou considerando nada. Só foi uma vez. Não vai acontecer de novo. - A quem estou querendo enganar?

- E o que foi aquilo lá dentro? - Bill continua com a provocação.

Tô de saco cheio disso.

Tiro a camisa e só de short, me jogo na piscina pra fugir deles. Olho para dentro da casa e nenhum sinal de Kenna ou Annie.

Sei que tenho sido um babaca com Kenna desde o dia em que... -meu corpo esquenta. - Transamos a primeira vez. - e primeira vez dela. - meu pau responde.

Ela não merece ser tratada com tamanho desdém. Mas qualquer atitude minha ela pode achar que estou gostando dela ou considerando namorar ela. Seria uma má idéia? Me pergunto.

Como seria namorar ela? Levar ela para jantares? Apresentar ela aos meus amigos, ser visto com ela.

Balanço a cabeça e dou um mergulho.

Onde eu tô com a cabeça? - Dentro da calcinha dela. - A voz do babaca na minha mente grita.
Porque perdi o controle com ela? Eu nunca perco o controle. Sinto um tremor no peito. Mesmo dentro da piscina, sinto minhas mãos suarem. Na barriga uma ansiedade cresce. Não posso gostar dela.

Sei o que significa, porque já senti isso antes. Mas não vou me render a isso. Jamais.

- Bill me passa o Notebook. - Apoio na beirada da piscina e ela me trás o eletrônico. - Valeu.

Abro o aparelho e começo a pesquisar algumas coisas.

Coloco o boné na cabeça e paro para responder alguns e-mails.

Preciso tirar Kenna da cabeça.

Mas já é tarde demais para isso.

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