Capitulo 10

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- Sim, eu importo-me ! Porque outra razão haveria eu de estar aqui?! - Nesse momento fiquei paralisada a olhar para ele e no segundo a seguir... Ele beijou-me. - E é por me importar que vais ficar aqui.

- Tu...

- Jessie! - Sou interrompida por um caloroso abraço de Austin, acabado de chegar. - Meu Deus, estava tão preocupado. - Sussurrou ao meu ouvido apertando-me mais fortemente.

- Também te amo muito, mas se continuas assim vou acabar por morrer asfixiada, não?

- Desculpa. - Disse largando-me. - O que é que andas aqui a fazer?

- Bem eu... Eu ia agora comer sabes... Este hospital nem serviço de quarto tem. - Suspirei tentando parecer mais realista.

- Não me parece. Para além de estares nos de primeira classe, olha .- Austin apontou o dedo para duas funcionária desprezíveis que decidiram andar aí com um carrinho a distribuir comida.- Além disso terás que ficar de jejum apenas alimentada pelo soro para hoje, exatamente às 22 horas te levarem para fazer os exames.

- Eles deixaram-me passear, sabes. Sou meia manipuladora.

- E onde está o soro?

- Bem...

- Ironia do destino, neste momento são 22 horas. - Afirmou a avestruz de braços cruzados... Não espera; avestruzes não têm braços... Tadico nem na sua espécie é aceite.

- Então, parece que alguém está no lugar errado, não é? - Fala Austin desta vez, olhando suspeitosamente para a avestruz defeituosa.

A impostora de avestruz logo me agarra colocando-me sobre o seu ombro.

- Doninha, larga-me! Porque não me largas?!

- Gosto de tudo no lugar certo.

- Então o que estás aqui a fazer?! Não deverias estar na selva?! - Como vingança o bisonte salta, e, consequentemente, eu tremo agarrando-me mais a ele. - Pronto, pronto. Desculpa lá se ofendi os teus sentimentos.

Eles levaram-me para a miséria da amostra de um quarto e deitaram-me na cama, Austin, logo clicou no botão para chamar a enfermeira. Oh não. Ele não era capaz.

- Menina, chamou?

- Quem chamou fui eu.- Começou Austin.- Mas que espécie de hospital é este?! - Isso aí Austin! Dá-lhe com força! - Encontrei a minha irmã a sarandar pelos corredores. Sabe o que isso significa?! Ela estava a fugir do hospital! - Talvez eu tenha falado cedo de mais...

A médica olhou-me com cara de quem está a imaginar como será uma morte mais dolorosa para mim, fritada ou asfixiada e eu sorrio inocentemente.

- Senhor...

- Austin.

- Senhor Austin, o senhor tem que compreender que coisas destas por vezes acontecem, nós temos mais pacientes para além da sua irmã.

- Desculpe?! - Desta vez quem se pronunciou foi o gorila. Penso que ando a ofender animais a mais... Isso tem que parar. - Nós viemos visitar um ente especial, damos com ele a fugir do hospital e o que a criatura tem a dizer é que acontece?! Mas você está a brincar com a cara de quem?!

- Luke, tem calma. - Repreendi-o, não porque a médica não merecesse mas porque ele estava a exagerar.

- Calma, a sério?! Numa altura destas? Jessie, nós deixamos-te aqui para segurança própria, não para quando chegarmos dar contigo a correr pela porra dos corredores!

- Caralho Luke! Mas também...

- Esquece Jessie, o Luke tem toda a razão.

- Ainda hoje, no fim dos exames, exigo, ouviu bem,eu não peço, eu exigo que a transfiram para um outro hospital com maior segurança! - Falou/ Gritou Luke para a médica.

Bad ThingsOnde histórias criam vida. Descubra agora