Sete

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NOTAS: a escola acabou😭🥳

[...]

Armin não sabe exatamente há quanto tempo ele está nos braços de Eren. O tempo pareceu parar assim que Eren o puxou para o abraço.

Ele ainda sente suas pernas tremerem, assim como seus dedos, que agora apenas repousam nas costas de Eren. Seus olhos queimam quando ele pisca e parecem ressecados. Seus cílios úmidos quase causam choques quando se tocam, e sua garganta está doída.

A pele ao redor de seus olhos também parece seca, e o cheiro de Eren está impregnado em seu nariz, o mantendo no momento.

O aperto de Eren já não é mais tão firme, tendo se tornado mais carinhoso. Ele ocasionalmente deixa um beijo suave no ombro de Armin, acariciando a pele dele por cima do tecido da camiseta onde suas mãos repousam nas laterais dos ombros do loiro.

Armin ainda funga baixinho, mas ele não acha que consegue chorar mais. A camisa de Eren já até está parcialmente seca onde seu rosto está enterrado.

— Como você tá se sentindo? — Eren pergunta baixinho, causando um calafrio na espinha de Armin — Tá tudo bem?

Armin respira fundo com dificuldade e se afasta contra sua vontade, ainda sendo abraçado por Eren. Ele assente com a cabeça, levando ambas as mãos até o rosto para secar o resto de umidade ainda presente.

— Sim, sim...desculpa. — sua voz sai rouca e falha, e ele limpa a garganta.

Os braços de Eren agora seguram seus cotovelos, e ele olha para Armin enquanto ele enxuga o rosto.

— Não peça desculpas, por favor. — Eren tira alguns fios entrelaçados da testa de Armin com os dedos — Eu que peço, novamente. Eu não deveria ter sido tão inconveniente.

Armin nega com a cabeça, mantendo o olhar no chão.

Eren passa o polegar sobre a pequena marca vermelha que seu botão deixou na bochecha de Armin, notando outra na testa. Armin o olha nos olhos por um momento antes de dar um passo para trás, desviando o olhar.

Eren coça a nuca, usando a outra mão para apontar para o carro. Eles andam em silêncio até o veículo, e Armin comprime os lábios em um sorriso reto quando Eren abre a porta para ele.

Quando Eren entra, o silêncio parece se perpetuar. Nem mesmo o rádio é ligado. O interior do carro é silencioso e a respiração de Armin é completamente audível quando engata devido ao choro recente.

Armin não levanta o rosto em momento algum, brincando com os próprios dedos sobre o colo. Sua mente vaga, mas nada a preenche. As curvas que o carro faz captam sua atenção eventualmente, e ele faz uma leve careta ao sentir o gosto de sangue que seus dentes tiram de sua bochecha em determinado momento.

Ele sente o olhar de Eren em si quando eles param em um sinal vermelho, e se sente um tanto envergonhado por sua postura totalmente encolhida no banco, mas não consegue se mexer quando Eren estende a mão até a sua e entrelaça os dedos nos seus.

Ele ergue o rosto e olha nos olhos de Eren, que possui uma expressão suave.

Eren volta a olhar para frente quando o sinal abre, e Armin olha para as mãos deles. Sua mão está em sua coxa e a de Eren está por cima formando um aperto firme, mas cuidadoso. 

Ele hesita por um instante, mas entrelaça seus dedos com os de Eren, engolindo em seco e desviando o olhar.

Sua mão direita está cutucando sua própria coxa, e ele se pergunta se usá-la vai ser estranho. No entanto, quando ele sente o polegar de Eren acariciando sua mão, ele leva sua outra mão até as costas da dele, acariciando timidamente.

Hey, should this happen? | 𝐄𝐑𝐄𝐌𝐈𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora