྾C A P I T U L O 1 2: 𝐎 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐎 𝐏𝐀𝐈́𝐒 𝐃𝐀𝐒 𝐌𝐀𝐑𝐀𝐕𝐈𝐋𝐇𝐀𝐒྾

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Feche os olhos

Rápido, ah, garoto

Agora você não pode ver a verdade?

Precisamos da escuridão para colher a escuridão

― This World | Ateez

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O mar estava agitado, o navio movia-se agressivamente entre as ondas que cortava com a proa. O céu totalmente coberto significava que a chuva iria continuar por mais tempo, o que era um risco para quem estava em alto-mar. Seonghwa, já se sentindo recuperado dos dias desacordado, olhava a tempestade pela pequena janela da sua cabine, com a cabeça encostada entre os braços, não conseguia mais observar um ponto de terra firme como antes, era apenas água e neblina.

Ele temia pelo amanhã, não sabia exatamente para onde estava indo, para onde iria depois, ele apenas sabia que precisaria voltar para Wonderland, não poderia deixar os guerrilheiros sozinhos.

De madrugada, enquanto cochilava sobre a cadeira ao lado da janela, sentiu que os movimentos do navio haviam diminuído, Netuno deu uma trégua, pensara ele abrindo os olhos lentamente, mas ao olhar para o lado de fora viu que a tempestade ainda caira.

Seonghwa? ‒ a voz doce de Aurora surgiu no breu e uma batida na porta o despertou de uma vez ― Está acordado?

― Aurora ‒ se levantando, ele deu alguns passos até a porta e a abriu olhando para a mulher sorridente do outro lado ― O que houve?

― Chegamos ‒ seu sorriso enlanguesceu ― terra firme, meu caro marujo.

― Terra firme?

― Venha, pegue um casaco e vamos ‒ ordenou ela se virando para o corredor.

O garoto se virou rapidamente, pegou um sobretudo pesado que estava pendurado atrás da porta e seguiu a mulher pelo corredor estreito. Os outros tripulantes também se aprontaram para sair, recolhendo suas coisas das pequenas gavetas das cabines e as comidas que trouxeram da última parada próximo a Wonderland.

Saindo de dentro do navio, Seonghwa ficou boquiaberto, havia casas naquele lugar, era como se estivesse chegado em uma nova cidade desconhecida. Era tudo iluminado e uma música soava, vindo de algum lugar da pequena cidade. Não existia um domo para segurá-los ali e nem muros que pudessem categorizá-los como objetos.

― Bem-vindo ao que chamamos de península dos mortos ‒ Aurora se virou para ele ― É aqui onde os fugitivos de Wonderland se refugiam por todos esses anos.

― Espere ‒ balançando a cabeça, Hwa coçou a cabeça molhada ― existe realmente vida depois do domo?

― Existe muita coisa depois do domo, Seonghwa ‒ dando uma pequena risada, a mulher segurou seu braço e o puxou sem força para descer as escadas do navio. Uma garota pequena, de aproximadamente cinco anos, de pele retinta e cabelos curtos como uma nuvem, se aproximou berrando um "mamãe" para a mulher. Aurora abriu um enorme sorriso e abriu os braços para a pequena ― Mamãe estava morrendo de saudades de você, minha baixinha, como foram esses dias só com o papai?

𝐆𝐔𝐄𝐑𝐑𝐈𝐋𝐋𝐀 | EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora