PAUSADA!
A'lana, uma Na'vi das neves do clã dos Herwìna, vê seu mundo ser ameaçado novamente pelos humanos que retornaram à Pandora, trazendo destruição consigo. Em meio a esse caos, ela se depara com Neteyam, filho de Jake Sully, em uma situação in...
"Leve-me para casa, para onde eu pertenço." Runaway, Aurora.
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•••NETEYAM••• Estava tudo muito turbulento, uma dor agonizante em meu peito. Eu estava sendo carregado pelo mar até uma pedra. Lembro de ouvir Lo'ak chamar meu pai. Eu estava deitado, meu pai estava do meu lado direito e meu irmão do meu lado esquerdo. Naquele momento eu só queria ir para casa, queria que toda a dor fosse embora. Em um piscar de mágica, tudo acabou. Minha visão escureceu, mas ainda era possível ouvir os gritos de frustração de minha mãe ao fundo.
Um silêncio se instalou e uma paz reinou. Eu não sentia mais dor, não sentia mais medo, não sentia mais... nada. Fiquei vagando em meus pensamentos. A única coisa que conseguia ver era a escuridão. Fiquei um bom tempo assim, enxergando um simples borrão preto. As vezes demora, as vezes é rápido, mas a gente sempre tem que acordar.
Assim que meus olhos se abrem, começo a piscar freneticamente, tentando me acostumar com a claridade. Sinto a grama fofa e verde, entre os meus dedos dos pés. O cheiro das copas das árvores atravessam o meu nariz. Respiro fundo, enchendo meu pulmão de ar fresco. Escuto o baralho de água corrente. Ando mais um pouco e me deparo com um pequeno riacho. Eu conhecia esse riacho, eu estava em casa. Não consigo me lembrar de quase nada, só de estar sentindo dor e apagar. Mas isso não importa, pois estou de volta ao meu lar. De onde eu jamais deveria ter saído.
[...]
Eu estava pescando, até ouvir passos se aproximarem. Quando me viro, vejo meu pai. Ele se aproxima de mim.
— Pai! Olha o que eu peguei. — vou até ele e mostro o peixe que eu consegui pescar.
— Olha! — ele se agacha e pega o peixe — É bem grande.
— Estava no laguinho. Lá nas pedras, — tiro a flecha do pequeno animal — onde você falou.
Ele parecia feliz e orgulhoso por mim, mas algo não parecia certo. Meu pai estava chorando! Mas por quê?
— O que foi pai? — perguntei à ele o motivo de sua tristeza — Por que está chorando?
— Eu estou feliz em te ver, filho. — meu pai se aproxima de mim, colocando uma mão na minha bochecha.
— Eu também estou feliz em te ver. — toco na mão dele, que ainda estava no meu rosto— Toma. Tenta. — estendo o arco e flecha para ele.
— Tá bom. — ele sorri e pega o arco — Deixou algum para mim?
— Hum... quem sabe. — dou de ombros e observo-o pescar.
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