4 | Sou sua Rainha

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Bato na porta do seu quarto, e é impossível de notar o sorriso no rosto de Phillip conforme ele me olha, quase predatoriamente

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Bato na porta do seu quarto, e é impossível de notar o sorriso no rosto de Phillip conforme ele me olha, quase predatoriamente. Seu quarto está arrumado, percebo quando passo pelo umbral da porta. Nem sinal da algema ou do chicote que apareciam jogados na foto.

— A que devo a honra de sua presença. Jovem senhora? — Pergunta Phillip com um olhar matreiro de quem esconde um segredo.

— Você arrumou o quarto — afirmo enquanto olho ao redor.

— Não entendo oque está tentando dizer, jovem senhora — Phillip mal consegue evitar o sorriso travesso em seus lábios.

— Seu quarto… Está diferente da foto que me mandou, pensei...

Não termino de dizer a frase, não é necessário. Quando dou uma segunda olhada, entendo tudo.
Não são somente as coisas jogadas que estão diferentes, tudo está diferente. Desde a posição da cama, o jogo de lençóis, até mesmo a roupa de Phillip é outra.

— Aquela foto não foi tirada hoje, foi?

— Por que a pergunta jovem senhora? O wue te faz pensar isso?

— Naquela foto, havia… Algo embaixo de sua cama — meu olhar encontra o seu, nos seus lábios ainda persiste o sorriso travesso.

— Deve ser algo realmente perigoso o que pensou ter visto para te fazer arrastar-se até meu quarto, jovem senhora.

Phillip se afasta em direção à cama e levanta as cobertas, mostrando o espaço vazio embaixo de sua cama. 

— Não tem nada por aqui, jovem senhora. Nenhum monstro embaixo da cama — Diz quando se levanta e me olha com um olhar astuto.

— Está mentindo para mim Phillip — Cerro os olhos, formando uma ruga em minha testa.

Phillip me encara novamente, com aqueles olhos que me encaram com um misto de divertimento e curiosidade, o ar parece ter ficado mais denso no quarto. Meu peito sobe e desce com minha respiração. 

— Não teria como eu estar mentindo, você olhou embaixo da cama, jovem senhora.

— Está me escondendo coisas, então.

— Estou, jovem senhora. Com toda a certeza estou.

Me aproximo um passo de Phillip. Uma sensação, envolvente passa pelo meu corpo, pelo meu peito, como se roubasse parte do meu ar, junto com todo o meu juizo, nunca me senti assim antes. O que tem de errado comigo?

— Por quê? — Pergunto, cara a cara com ele — você parece estar jogando um jogo, me envolvendo e fazendo insinuações e agora que estou em sua frente você parece ter dado dois passos para trás.

— Não estou dando nenhum passo para trás, jovem senhora. Estou bem aqui, na sua frente. 

— Então diga a verdade para mim, Phillip. Conte-me seus segredos. 

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